Militantes do Hamas (partido político) na Faixa de Gaza dispararam mísseis contra Jerusalém na segunda-feira em grande escala, depois que centenas de palestinos foram feridos durante confrontos anteriores com forças israelenses em um local sagrado para muçulmanos e judeus.
Israel respondeu atacando alvos do Hamas em Gaza, onde autoridades de saúde disseram que 20 pessoas, incluindo nove crianças, foram mortas durante a troca.
Os mísseis ocorreram no aniversário de captura da Cidade Velha de Jerusalém por Israel e seus bairros do leste na Guerra dos Seis Dias de 1967.
Explosões e sirenes de ataques aéreos foram ouvidos em Jerusalém depois que o Hamas estabeleceu um prazo para Israel remover suas forças de segurança dos pontos de conflito em Jerusalém e libertar os palestinos detidos nos últimos confrontos.
Abu Ubaida, porta-voz da ala militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam, disse que o ataque com míssil foi uma resposta ao que ele chamou de “crimes e agressões” israelenses em Jerusalém.
“Esta é uma mensagem que o inimigo deve entender bem”, disse ele.
As Forças de Defesa de Israel (IDF), disseram que 45 mísseis foram disparados contra Israel no que o porta-voz da organização chamou de “ataque severo e evidente” do Hamas.
O tenente-coronel, Jonathan Conricus, disse em uma entrevista coletiva a repórteres estrangeiros que seis dos mísseis foram disparados contra Jerusalém e um deles atingiu uma casa nos arredores da cidade, mas ninguém ficou ferido.
Jonathan Conricus acrescentou que o IDF estava se preparando para “vários cenários”, sem entrar em detalhes.
Ele disse que a última vez que um míssil foi apontado para Jerusalém foi em 2014.
Conricus não definiu nenhum prazo para qualquer ofensiva israelense, apenas disse: “O Hamas vai pagar um preço alto”.
Durante o lançamento do míssil contra Jerusalém, o Knesset, o Parlamento israelense, teve que interromper sua sessão e evacuar.
Durante as tensões anteriores na cidade, o Crescente Vermelho Palestino disse à The Associated Press que mais de 305 palestinos foram feridos nos confrontos que ocorreram dentro e ao redor da Mesquita de Al-Aqsa na Cidade Velha, e pelo menos 228 foram levados a hospitais.
A polícia disse que 21 policiais ficaram feridos, de acordo com a agência de notícias, incluindo três hospitalizados.
Um porta-voz da Mesquita disse que os confrontos começaram quando a polícia tentou evacuar o complexo, onde muitos fiéis palestinos dormem durante o mês sagrado do Ramadã, para permitir a entrada de israelenses.
Os feridos na segunda-feira,10, incluem um israelense de 7 meses de idade, que foi atingido na cabeça por uma pedra e estava sob observação na sala de emergência pediátrica, disse o porta-voz do Hospital Hadassah, Hadar Elboim.
No total, o hospital atendeu cinco pessoas, todas em estado leve.
Anteriormente, a polícia havia anunciado uma mudança na rota de uma tradicional marcha da bandeira do Dia de Jerusalém, que atrai milhares de participantes a cada ano.
Em vez de começar no Portão de Damasco, um marco histórico no lado norte da Cidade Velha, adjacente a vários bairros palestinos, ele começaria no Portão de Jaffa, que fica próximo a bairros judeus.
Por causa do lançamento de mísseis em direção a Jerusalém e arredores, os organizadores da marcha foram instruídos a interromper o evento e pedir aos participantes que saíssem, disse o porta-voz da polícia da cidade.
A violência ocorreu depois que dezenas de pessoas ficaram gravemente feridas na sexta-feira no complexo da mesquita, antes de uma oração noturna especial realizada durante o Ramadã.
O Crescente Vermelho disse que as forças israelenses usaram balas de borracha contra os palestinos na segunda-feira.
O local, sagrado para muçulmanos e judeus, é conhecido pelos muçulmanos como o Nobre Santuário e pelos judeus como o Monte do Templo.
Israel fornece segurança para o complexo, enquanto a Jordânia administra os aspectos cerimoniais e religiosos do complexo.
“Esperávamos desde ontem que a polícia atacasse a mesquita de Al-Aqsa”, disse o porta-voz Awni Bazbaz. “Por volta das 8h desta manhã, a polícia começou a entrar no complexo para evacuar os fiéis dentro da mesquita e do complexo. Eles começaram a atacar imediatamente”.
Um porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas, criticou o “ataque brutal e agrssão” pelas forças israelenses, e chamou isso de “um novo desafio para a comunidade internacional, especificamente os esforços feitos pela administração americana”.
De acordo com a polícia israelense, os confrontos começaram quando manifestantes palestinos atiraram pedras em um portão que leva ao Muro das Lamentações, onde milhares de judeus se reuniram para orar.
A polícia disse que então ordenou que as forças repelissem os manifestantes.
“Os palestinos extremistas planejaram com bastante antecedência realizar motins hoje no Monte do Templo”, disse Ofir Gendelman, porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, no Twitter, junto com fotos de pilhas de pedras.
A polícia israelense divulgou um vídeo de palestinos jogando pedras contra as forças israelenses do lado de fora da mesquita.
Netanyahu expressou seu apoio às forças israelenses na segunda-feira e disse em um serviço memorial do Estado para os judeus etíopes que Israel estava “trabalhando para garantir liberdade de culto e tolerância para todos”.
“Esta não é uma tarefa que possamos realizar sem confronto de vez em quando”, disse ele.
As tensões em Jerusalém aumentaram desde o início do Ramadã em 12 de abril, especialmente depois que Israel bloqueou um local popular onde os muçulmanos tradicionalmente se reúnem todas as noites no final do jejum de um dia.
Posteriormente, Israel removeu as restrições, mas os confrontos continuaram.
A violência também ocorreu em um caso judicial crucial em uma longa batalha legal envolvendo as casas de quatro famílias palestinas em terras reivindicadas por colonos judeus no bairro de Sheikh Jarrah, no leste de Jerusalém.
A Suprema Corte de Israel adiou uma decisão importante na segunda-feira, citando as “circunstâncias”.
Israel capturou Jerusalém Oriental, junto com a Cisjordânia e Gaza, na Guerra dos Seis Dias de 1967 com seus vizinhos árabes.
Israel vê toda a cidade como sua capital e anexou Jerusalém Oriental, um movimento não reconhecido pela maioria da comunidade internacional.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental, junto com a Cisjordânia e Gaza, como parte de um futuro Estado Palestino.
Conteúdo traduzido da fonte NBC News por Wesley Carrijo para o Jornal Contábil
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Fonte: Jornal Contábil
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