Segundo uma estimativa da IDC, a Inteligência Artificial (IA) poderá gerar investimentos de R$ 2,4 bilhões para o Brasil em 2021.
Analisando rapidamente essa previsão, talvez soe como se o nosso país fosse um dos lugares mais preparados e com maior investimento quando o assunto é Inteligência Artificial.
Porém, isso está bem longe de ser uma realidade.
Para ter uma ideia, alguns dados levantados pelo estudo 2020 Government AI Readiness Index, realizado pela Universidade de Oxford, mostra o Brasil apenas na 63ª posição do índice de preparo para IA.
Uma pena! Pois, vale lembrar, que possuímos muitos institutos, como a PMG Academy, que qualificam profissionais em diversas áreas da tecnologia.
Na América Latina, ocupamos apenas o 6º lugar. Claro que há um certo abismo se compararmos o investimento de EUA/Europa para com o restante do mundo.
Entretanto, no caso do Brasil, uma posição tão baixa, atrás até mesmo de economias bem menos poderosas, liga o sinal de alerta para o desenvolvimento tecnológico nacional.
E essa falta de investimento no campo de IA pode ser prejudicial ao Brasil? A resposta, claro, é um grande sim.
Essa falta de investimentos pode ser prejudicial justamente pelos benefícios que a IA traz.
Ela automatiza muitos trabalhos, reduzindo drasticamente o esforço humano. Com a ajuda do machine learning, a Inteligência Artificial provou ser um novo passo para a humanidade (e claro, para os negócios).
Como exemplo, podemos citar o setor varejista e seus sites de e-commerce. Graças a IA, já é possível proporcionar uma experiência personalizada, investir em chatbots que ajudam os clientes e aceleram o atendimento, além de melhorar o processo de vendas por meio do rastreamento de histórico de pedidos, análises preditivas e também a frequência de compra.
Toda essa mágica acontece por causa da Inteligência Artificial.
Mas, os benefícios atuais da Inteligência Artificial parecem pequenos se olharmos um pouco mais para frente.
Um artigo da Universidade da Carolina do Sul trouxe um panorama da IA em 2050 e do que ela seria capaz de fazer.
Um dos destaques vai para a cibersegurança onde, segundo o artigo, os recursos de autoaprendizagem e automação habilitados pela IA poderão proteger dados de forma mais sistemática, mantendo as pessoas mais seguras de terroristas virtuais e de roubo de informações importantes.
Outro destaque desse estudo vai para o transporte; para pesquisadores da USC, os carros autônomos serão uma realidade daqui 30 anos, sendo onipresentes a partir de 2030.
Mas talvez você se pergunte: se a IA é tão benéfica, por que não há investimentos mais pesados na área aqui no Brasil? Para isso, existem duas respostas, que têm a mesma origem: o fato da Inteligência Artificial ser uma tecnologia ainda em evolução.
A questão da maturidade (ou falta de) da Inteligência Artificial afeta como os seus projetos são vistos por investidores.
É preciso deixar claro que um projeto de IA possui um business case totalmente atípico em relação a outros tipos de projetos.
Muitas vezes, as soluções de IA podem parecer caras e não fornecer nenhum ganho imediato, além de demandar mais tempo para lidar com dados, treinamento e algoritmos que são essenciais para o machine learning.
Para investidores que tenham uma mente mais fechada para a experimentação, esses projetos podem parecer um enorme risco.
No entanto, além das incertezas do projeto, achar profissionais especialistas na área ainda também é um grande desafio.
Não à toa, o Especialista em Inteligência Artificial foi listado como uma das profissões emergentes em 2020, segundo relatório do LinkedIn, e é uma das mais valorizadas na área de tecnologia.
De qualquer modo, esses dois fatores não podem ser empecilhos para a aplicação e incentivo de Inteligência Artificial no Brasil – afinal, os benefícios valem a pena.
Claro que transformar esse cenário não é fácil; entretanto, tanto a iniciativa pública quanto a privada precisam enxergar rapidamente as oportunidades da área, antes que o Brasil se torne um retardatário na corrida da Inteligência Artificial.
Por fim, para superar esse desafio, é preciso ir além de apenas formar profissionais que entendam de análise de dados e programação de machine learning; é preciso também que esses profissionais entendam a complexidade de um projeto de IA, e saibam explicar isso às partes interessadas, de modo que isso consiga atrair mais investidores.
O ideal é mais clareza!
Essa é uma alternativa possível para sairmos da estagnação na qual o Brasil se encontra com a Inteligência Artificial, e quanto antes uma atitude for tomada, melhor.
Por PMG Academy
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Fonte: Jornal Contábil
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