O Pix se tornou o sistema de pagamentos instantâneos com adesão mais rápida do mundo, consolidando a crescente importância dos meios de pagamento digitais no Brasil — não é à toa que o Banco Central, inclusive, começou a discutir sobre a criação de uma versão digital da moeda oficial do país.
As modalidades de transações digitais, que já vinham sendo adotadas por consumidores e estabelecimentos por conta das suas facilidades, cresceram ainda mais com a crise da Covid-19, que ampliou o uso da internet para compras e pagamentos que fazem parte da rotina da população.
“Os empreendimentos que ainda não ofereciam opções de pagamento digital precisaram se adaptar à nova realidade e acabaram encontrando um recurso que trouxe mais praticidade ao seu dia a dia”, explica Piero Contezini, CEO do Asaas — fintech de gestão financeira focada em micro e pequenas empresas.
“Agora, mesmo quando tudo se estabilizar, consumidores e empreendedores devem continuar apostando em formas de pagamento digitais”, complementa.
Segundo estudo global da PwC, o volume de pagamento sem dinheiro deve aumentar 82% de 2020 a 2025.
Aqui no Brasil, mesmo antes da transformação promovida pela pandemia, uma pesquisa de 2019 da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) já mostrava que os pagamentos digitais estavam em constante crescimento, representando então 43% do consumo das famílias brasileiras.
Pagamentos digitais não acontecem apenas no online
Apesar de ser muito comum nos ambientes virtuais, como o das compras em e-commerces, o pagamento digital não se refere somente a essas transações, mas a qualquer uma realizada por meio da troca de dados.
O Pix, por exemplo, apesar de ser digital, pode ser utilizado para transações em comércios físicos.
Outros tipos de pagamentos digitais são as carteiras digitais e os links de pagamento.
No mundo online, os cartões de crédito e débito também entram na categoria, porém somente em um contexto onde a maquininha é dispensada, bastando a inserção de informações do cartão e do seu proprietário.
“Esse ponto é interessante porque permite a redução de custos com a compra ou o aluguel dessas máquinas de pagamento. Sem contar que, em geral, os gastos com as taxas das transações digitais são menores”, aponta Piero Contezini.
Os meios de pagamento digital também têm a vantagem de facilitar a oferta de uma grande flexibilidade para os consumidores, considerando que é possível vender em diversos canais e apresentar várias opções de pagamento.
Para o CEO do Asaas, “essa versatilidade facilita a compra e aumenta as vendas, já que proporciona ao cliente o poder de escolher a melhor forma de lidar com suas finanças e realizar a compra desejada”.
Agilidade com controle em dia
Outro benefício que fortalece a procura dos pagamentos digitais é a agilidade dos processos.
Uma operação realizada de forma online pode ser autorizada em segundos; o que, consequentemente, traz mais eficiência para toda a transação que está relacionada ao pagamento.
No caso de entregas, por exemplo, o envio da compra para o cliente pode acontecer bem mais rapidamente.
O controle de toda a operação também é assegurado, visto que as transações ficam registradas automaticamente em bancos de dados, podendo inclusive ser integradas a softwares utilizados para gestão e contabilidade da empresa ou para emissão de notas e cupons fiscais.
Segundo o CEO, essas ações de automatização parecem simples, mas muitas vezes representam uma grande economia de tempo para os gestores e sua equipe, que assim conseguem se dedicar melhor às decisões estratégicas da empresa.
Garantia de segurança
Um dos poucos fatores que ainda impede que algumas pessoas adotem meios de pagamento digitais é a desconfiança desse tipo de transação — o que, na maior parte das vezes, acontece por falta de informação.
Isso porque, hoje em dia, fintechs e bancos já conseguem oferecer alta segurança em suas operações, com recursos que vão desde protocolos de segurança até camadas de autenticação e criptografia de dados.
“Na realidade, os pagamentos digitais inclusive eliminam os riscos de fraudes que o dinheiro em espécie apresenta, evitando ainda os perigos que podem ocorrer ao se andar com valores físicos em mãos”, reforça Contezini.
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Fonte: Jornal Contábil
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