A pandemia prejudicou diversos setores do mundo todo e isso impactou direta e negativamente os pequenos e grandes negócios. Por isso, estima-se que a crise hídrica fez a energia ficar 13% mais cara em boa parte do país.
Essa é considerada a maior crise hídrica em mais de 90 anos, e isso acaba pesando bastante no bolso do consumidor. O reajuste foi de 52% no valor da bandeira tarifária vermelha.
Ou seja, a cada 100 kWh consumidos, será cobrado R$ 9,49, sendo que a taxa antiga era de R$ 6,24.
Mas como economizar nesse momento tão delicado? Quais meios de produção dependem fortemente de energia para manter os negócios? Saiba mais sobre os prejuízos causados pelo aumento na conta de luz lendo a seguir.
O que são bandeiras tarifárias
O sistema das bandeiras tarifárias foi criado para tornar as informações sobre o preço da energia do Brasil mais transparentes e acessíveis. Seu funcionamento é como se fosse uma espécie de semáforo. Utilizando essa comparação podemos entender melhor.
Para que haja energia, é necessário ter disponibilidade de insumos para a produção, portanto, quando há uma crise hídrica, por exemplo, esse valor aumenta significativamente.
Como a eletricidade no Brasil vem de diversas fontes de energias, como a hidrelétrica, durante períodos em que há risco de elas não conseguirem gerar a energia necessária, é preciso acionar as usinas térmicas. Entretanto, esse tipo de energia é mais cara.
As bandeiras tarifárias têm o intuito de incentivar a economia de energia, pois o Brasil tem um sistema de aumento de cobrança que é alterado de acordo com a condição dos reservatórios.
Essas divisões são as bandeiras tarifárias que, no caso, são divididas entre quatro cores.
Os quatro níveis são divididos da seguinte maneira:
- Bandeira verde: não gera cobrança extra no consumo de energia;
- Bandeira amarela: gera tarifa extra de R$1,343 para cada 100 kWh consumidos no mês;
- Bandeira vermelha, patamar 1: a cobrança extra é de R$ 4,169 a cada 100 kWh;
- Bandeira vermelha, patamar 2: adicional sobe para R$ 6,243 na conta para cada 100 kWh.
Quando a bandeira tarifária passa a ser vermelha, é sinal de que o consumidor deve economizar energia o máximo que puder.
Setores que mais consomem energia
É importante entendermos que alguns setores consomem muito mais energia do que outros e consequentemente acabam sendo os maiores prejudicados em um momento desses.
Alguns desse setores são:
Indústria Automobilística
Algumas pessoas não fazem ideia de que um dos setores que mais consome energia é o automobilístico. De forma geral, esse é o que mais consome energia elétrica no Brasil, e isso pode ser comprovado.
Segundo levantamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o ramo industrial foi responsável por cerca de 36% da energia consumida em todo o país em 2018.
Isso significa que a energia que consumimos em casa não é a maior responsável pelo aumento na conta de luz.
Portanto, o motivo pelo qual a indústria automobilística está em primeiro lugar, é porque os tipos de máquinas usadas para a produção de veículos exigem muita energia elétrica.
Além disso, qualquer pausa no processo pode custar muito caro para toda a linha de produção, pois a indústria trabalha com produtos de alto valor no mercado.
Hospitais
É compreensível e um pouco mais fácil de descobrir o motivo pelo qual os hospitais utilizam muita energia elétrica. O setor de saúde as unidades hospitalares necessitam de máquinas sofisticadas que chegam a operar 24 horas por dia em prol da saúde das pessoas.
Há ainda o custo com a iluminação, ventilação, geradores de qualidade e tratamento de vários pacientes que dependem da energia elétrica para que os equipamentos funcionem corretamente, salvando milhares de vidas todos os dias.
Shoppings Centers
Centros e pontos comerciais também são grandes consumidores de energia, pois funcionam regularmente e acabam influenciando na economia do país, além de ser uma forma de entretenimento com muitas opções.
O gasto é consideravelmente alto com a iluminação, manutenção do sistema de ar condicionado, necessidade de energia elétrica para os que os cinemas funcionem corretamente, entre outros.
Setores de impressão
O setor de impressão não é necessariamente um dos que mais consome energia elétrica, entretanto, é um setor que precisa significamente dela para que tudo corra bem e corretamente.
A impressão de revistas, jornais, livros, materiais pedagógicos e documentos, por exemplo, são essenciais para o país e para a educação.
Isso faz com que as máquinas de impressão, copiadoras e etc. sejam muito necessárias para o dia a dia de muitas empresas e consumidores.
Mas o que fazer para economizar energia?
Algumas dicas simples podem ajudar a fazer com que sua empresa ou sua casa gastem menos energia, isso, pensando mensalmente.
- Não deixe as luzes ligadas se não estiver no cômodo;
- Substitua as lâmpadas antigas pelas de LED;
- Atualize aparelhos antigos;
- Desligue os aparelhos que não estiver usando durante o dia ou pela noite;
- Procure entender o que mais consome energia na sua casa e na empresa.
Por fim, precisamos lembrar como esse aumento na conta de luz tem afetado os negócios, a economia e praticamente todos os setores do país.
Manter uma situação financeira estável tem sido cada vez mais difícil no Brasil, principalmente com o crescimento da inflação.
Além dos gastos com aparelhos, equipamentos, água, gás, entre outras necessidades tanto para empresas quanto para residências, o aumento da conta de luz prejudica muito os brasileiros e empresários em seu funcionamento mais básico.
Os prejuízos podem ser grandes, como o fechamento ou perda de negócios, interrupção de demandas ou até mesmo redução da qualidade do produto final.
Se formos mensurar o impacto desse aumento, temos o aumento de vários preços na economia: alimentos e indústria.
Além das dicas citadas acima, há outras alternativas que podem ajudar a controlar o custo final em alguns setores.
Uma dica simples para o setor de impressões, por exemplo, é adotar equipamentos que consomem menos energia, como as impressoras que utilizam o toner para imprimir.
De forma geral, em um mundo cada vez mais dependente de recursos eletrônicos e digitais, a energia se torna o bem mais precioso e, naturalmente, supervalorizado.
E assim, conforme o tempo passa, mais será necessária a noção de consumo e valores na conta de luz.
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Fonte: Jornal Contábil
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