Dólar, euro, pesos, real. No mundo todo, são diversas moedas correntes e elas podem afetar a nossa vida. Afinal, você já deve ter ouvido que o preço de determinado produto está caro pois “o dólar está alto”, ou então, que “o real está valorizado” e isso afetou o funcionamento do mercado financeiro.
Falar sobre tudo isso é falar sobre câmbio monetário e é importante entender o impacto deste aspecto econômico em nosso cotidiano.
Quando falamos em economia, falamos também em moedas e, em um mundo globalizado, é necessário estabelecer um parâmetro de conversão de uma moeda estrangeira para aquela corrente em um determinado país.
Isso é importante pois estabelece os padrões de compra e venda para produtos e serviços oferecidos em todo o mercado internacional.
Ou seja, quando compramos alguma mercadoria que venha do exterior, o preço dela em nossa moeda será estabelecido a partir da cotação da moeda do país em que o produto é vendido.
Atualmente, as moedas são negociadas pela B3, sigla de Brasil, Bolsa, Balcão, administrada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Além das moedas, a bolsa também negocia ações de diversas empresas de capital aberto, um importante setor do mercado financeiro.
Uma das moedas mais importantes para nossa rotina é o dólar americano, que atualmente (dia 05 de agosto) é negociado na casa de R$ 5,22.
Para entendermos os impactos do câmbio monetário no cotidiano, o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Marcos Antonio Andrade, explica algumas questões:
De que forma o câmbio impacta nosso cotidiano?
No contexto de mercado globalizado, o câmbio é fundamental porque sua volatilidade interfere em diferentes mercados e impacta diretamente na formação do preço de diversos produtos comercializados no mercado internacional, principalmente as commodities (insumos de grande produção que servem como matéria-prima para produtos industrializados).
Por que, no geral, nossas atenções estão sempre voltadas para o dólar?
Isso ocorre porque a precificação de todas as commodities do mercado internacional estão vinculadas ao dólar americano.
No caso do Brasil, como nossa participação no comércio internacional é basicamente por commodities, a presença do dólar americano é ainda maior.
Como a cotação do dólar é definida? Quais fatores a influenciam?
Como toda moeda conversível, o dólar americano é uma commodity e tem seu preço definido pela “Lei de oferta e procura”.
No entanto, no caso brasileiro, como temos uma moeda não conversível, utilizamos o dólar americano como unidade de referência no comércio internacional.
Contudo, a volatilidade da cotação da moeda real não impacta no mercado internacional, somente nas compras e vendas realizadas pelas empresas brasileiras, afetando diretamente a inflação do mercado brasileiro.
Qual é a atual situação da bolsa? O que isso significa?
A B3 é uma das bolsas mais bem estruturadas do mundo.
O que compromete seu desempenho é: Instabilidade econômica do Brasil; falta de previsibilidade dos programas de investimentos no Brasil, tanto do setor público como privado; e Estrutura Jurídica consolidada no setor público.
O que podemos esperar da situação econômica brasileira se a taxa se mantiver dessa forma?
A retomada do crescimento econômico estruturado não está ancorado somente na política da taxa de juros, mas sim em reformas, principalmente a fiscal e administrativa, bem como um programa sério que possibilite equilíbrio nas contas públicas.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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Fonte: Jornal Contábil
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