O combustível no Brasil foi um dos temas mais abordados ao longo deste ano, afinal de contas tivemos um ano onde tanto a gasolina quanto o diesel foram impactados por diversos aumentos. Pegando parâmetros do final do mês de outubro, a gasolina e o diesel acumularam uma alta de 74% e 64% respectivamente em 2021.
Porque a gasolina subiu tanto em 2021?
De acordo com especialistas sobre o tema, existem três fatores que determinam a alta dos preços do combustível no Brasil, em especial a gasolina, sendo eles: a alta do dólar, a dependência do Brasil ao transporte rodoviário e a falta de diversidade na matriz energética.
É importante destacar que o preço da gasolina é atrelado ao dólar, tendo em vista que o Brasil possui capacidade de extrair o petróleo bruto, porém, não consegue refinar todo ele até se tornar a gasolina. Sendo assim, o Brasil ainda precisa importar parte do combustível vendido no mercado interno.
Além disso, o petróleo é uma commodity e commodities têm seus preços definidos nas bolsas de mercadorias internacionais o que consequência faz com que o petróleo entre na lei da oferta e da procura. Assim, quando há uma grande procura da commodity, maior do que a oferta, o preço sobe.
ICMS zerado
Tentando amenizar o aumento no preço dos combustíveis no país, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) determinou que a alíquota do ICMS para os combustíveis no Brasil fosse congelada. A decisão do Confaz foi determinada e aplicada no dia 1º de novembro e terá vigência até o dia 31 de janeiro de 2022.
Assim é importante destacar que o ICMS também contribui por receber uma grande fatia do valor dos combustíveis pagos nas bombas dos postos. No entanto, o tributo não teve contribuição para a alta que ocorreu este ano, tendo em vista que na maioria dos estados, não houve um aumento na alíquota cobrada e até o final de janeiro, o imposto estará zerado.
Gasolina em 2022
Outro ponto que preocupa os motoristas do Brasil é sobre como o mercado deve se comportar com o preço dos combustíveis. No entanto, segundo uma pesquisa realizada pela ValeCard, no primeiro trimestre, o país deve registrar uma queda acumulada de 5,94% na gasolina, com o combustível vendido a R$ 6,18 em março de 2022.
Todavia, em abril de 2022 o preço poderá voltar a subir, atingindo no mês de setembro a maior alta, podendo bater o preço de R$ 6,55, ou seja, a um patamar próximo da realidade atual.
Para José Geraldo Ortigosa, CEO da ValeCard, o grande influenciador do preço do combustível em 2022 será o dólar. Para o próximo ano, o CEO da empresa projeta uma maior estabilidade do mercado do que em 2021, justificando a queda do valor da gasolina logo no primeiro trimestre.
“Além do equilíbrio macroeconômico para o início de 2022, nossa projeção levou em consideração a previsão do dólar e a formação do preço do combustível para o mês de janeiro, levantamentos realizados pelo Banco Central e pela Petrobras, respectivamente” afirma o executivo.
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Fonte: Jornal Contábil
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