Não está fácil para ninguém. O mercado de trabalho está cada vez mais complicado, e além de toda a dificuldade em encontrar uma vaga, alguns brasileiros têm uma preocupação extra. O questionamento que passa pela cabeça de muitos é: nome negativado impede ou não o trabalhador de conseguir emprego?
Estar com o nome restrito em órgãos de proteção ao crédito impõe diversas restrições à vida do consumidor, mas não na hora de arrumar emprego. No entanto, há situações específicas em que o histórico financeiro é sim levado em conta.
Pela lei, o candidato não pode ser rejeitado em um processo seletivo por estar negativado, mesmo que a empresa faça essa verificação. Caso isso ocorra, ele pode abrir um processo na Justiça alegando danos morais.
Há impedimento em ocupar cargos públicos?
Em grande parte dos concursos públicos nacionais, estaduais e municipais, o nome sujo não é um critério eliminatório. Contudo, essa regra pode ser diferente em certames para ocupação de vagas em instituições financeiras.
De forma geral, a legislação brasileira exige apenas quatro requisitos de cidadãos que vão tomar posse em um cargo público: ter nacionalidade brasileira, estar em dia com as obrigações militares e eleitorais, ter a escolaridade exigida e ter idade igual ou superior a 18 anos.
Mesmo que limpar o nome não seja uma exigência, é importante fazer isso para garantir mais acesso a opções de crédito. Além de renegociar os débitos, o consumidor deve adotar práticas que evitem sua entrada em uma nova bola de neve de dívidas.
O que leva a prática de não contratar com nome sujo?
A cultura de não contratar funcionários inadimplentes se dá, principalmente, por dois motivos. O primeiro é a terceirização dos processos de recrutamento e seleção, que estão mais minuciosos a cada dia.
O segundo motivo é que o alto índice de desemprego no país também contribui para que as companhias busquem mais informações e fiquem mais criteriosas na seleção.
O que fazer em caso de discriminação?
Se você perder uma vaga por causa da discriminação indevida, os passos mais importantes são coletar provas e procurar um advogado. Assim, você pode ser ressarcido na justiça com base no chamado dano moral.
A coleta de provas ocorre com base nos documentos usados durante o processo seletivo, como troca de e-mail e anúncio de vaga, bem como com testemunhas de que a negativação foi o critério utilizado.
Já a consulta ao profissional deve priorizar quem é especialista na área trabalhista. O advogado será fundamental na obtenção das provas e na definição da melhor estratégia no processo trabalhista.
Conclusão: Agora que você já sabe que o nome sujo não impede de arrumar emprego na maioria dos casos, não deixe de correr atrás de uma nova colocação no mercado e garanta os seus direitos.
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Fonte: Jornal Contábil
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