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2022 será um ano desafiador para os investidores, pela alta da inflação e também pelas eleições presidenciais. Com esse “estresse”, há uma alta procura por aplicações recomendadas que podem ajudar a driblar o cenário de instabilidade. 

Paulo Cunha, CEO e assessor de investimentos da iHUB Investimentos, explica que nos últimos anos houve um forte crescimento no número de investidores na B3, e consequentemente a busca por carteiras recomendadas. “O Brasil chegou a marca de 5 milhões de contas abertas em corretoras, segundo um levantamento recente da bolsa de valores brasileira. Além disso, a B3 teve um aumento de 1,5 milhão de investidores no mercado de capitais”, comenta. 

A iHUB é um exemplo deste cenário, pois alcançou o valor de R$1 bilhão sob custódia, e registrou um crescimento na procura por carteiras recomendadas em mais de 500% no último ano. 

Mas, afinal, o que são carteiras recomendadas? 

É uma  quantidade específica de ações, geralmente de cinco a dez papéis, no qual um analista profissional vai definir com base em critérios preestabelecidos, como: bom desempenho em determinado prazo ou no cenário econômico e político, por exemplo. 

Sempre é realizada uma boa diversificação, de modo a não concentrar muito em poucas ações. “As carteiras recomendadas indicam aplicações para os investidores, além de responder perguntas frequentes, como: onde e quando investir e vender”, comenta Cunha. 

A vantagem dessas carteiras é que elas são sempre recalibradas de tempos em tempos, praticamente de forma automática. Desta forma, o investidor consegue ficar atualizado sobre as recomendações e estar mais protegido de eventuais instabilidades. 

Paulo ressalta que outro aspecto positivo é que elas são sempre pensadas de modo a dar uma ótima relação de risco versos o retorno, com empresas de diferentes segmentos e momentos de mercado. Em anos de instabilidade, as carteiras recomendadas são ajustadas de tempos em tempos, de forma automática

E em períodos eleitorais, as carteiras recomendadas ainda são boas opções?

O assessor de investimentos comenta que sim, visto que elas costumam entrar em um ano eleitoral com uma abordagem mais defensiva com ativos dolarizados, ou que não sofram tanto os solavancos das instabilidades internas. “Caso o analista perceba alguma oportunidade de um ativo que foi penalizado em excesso, devido ao período conturbado, também pode aproveitar e adicionar a carteiras para obter um retorno mais robusto no longo prazo”, explica Paulo. 

Basicamente, as carteiras recomendadas funcionam como um “apoio” aos investidores, pois é preciso aderir apenas uma vez e as trocas mensais são automáticas. Também retira do investidor a necessidade de ter que ficar acompanhando o mercado no dia a dia, uma vez que isto está sendo realizado por um analista profissional. 

Investir somente em carteiras recomendadas é mais que suficiente? 

Qualquer carteira de investimentos deve conter uma gama maior de ativos, de modo a diversificar e diluir riscos. As carteiras recomendadas são de ações, que naturalmente são ativos de maior risco, com isso, o ideal é que fique restrita a parcela da carteira total destinada a essa classe, de 5% a 25%, que costumam ser o peso para os investidores mais arrojados

Paulo comenta que o maior erro é a falta de diversificação, na maioria das vezes o investidor busca o “Santo Graal”, aquele investimento que vai dar o maior retorno a curto prazo, e acabam concentrando tudo em uma aplicação. “Pode acontecer também do investidor aplicar tudo em um investimento muito líquido e com baixo rendimento, logo não acaba aproveitando as oportunidades que aparecem”, finaliza. 

A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos.

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Fonte: Jornal Contábil
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