Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O temporal que se abateu em Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro, no último dia 15 de fevereiro é considerado a maior tragédia da história da cidade. A cidade já tinha sido atingida por temporais semelhantes nos anos de 1988 e 2011, mas nada com tanta violência

Até a manhã desta sexta-feira, dia 25, já haviam contabilizados 217 mortos e, pelo menos 34 pessoas ainda se encontram desaparecidas.  Segundo a Polícia Civil, 203 corpos já haviam sido identificados.

Os trabalhos de buscas continuam incessantemente e as equipes contam com apoio de bombeiros de outros estados, voluntários e cães farejadores. Um grupo de cães da Argentina também veio para auxiliar no trabalho. Ao todo, 58 cães farejadores estão na cidade.

As buscas continuam nas áreas onde há suspeita de desaparecidos, como Morro da Oficina, Vila Felipe, Sargento Boening e Vila Itália.

De acordo com a Secretaria de Assistência Social, 905 pessoas continuam acolhidas em 14 pontos de apoio organizados pela prefeitura, além de abrigos alternativos estabelecidos pelas comunidades.

Os trabalhos da prefeitura contam com o apoio da Defesa Civil do Estado, do Exército e da Marinha nas ações de resgate, controle de trânsito, reforço na segurança e logística de donativos.

A Defesa Civil registrou 2.199 ocorrências na cidade da região serrana do Rio de Janeiro, desde o dia 15, sendo 1.764 por deslizamentos. Os demais atendimentos são para questões como avaliações estruturais e geológicas de residências e regiões, infiltração, quedas de árvores e postes, vistorias preventivas, alagamentos e inundações.

191 corpos foram identificados

Dos 208 mortos, 124 são mulheres e 84 homens. Do total, 40 são menores de idade. Até o momento, 191 foram identificados e 181 já foram foram liberados para os procedimentos funerários. Os demais aguardam o comparecimento dos familiares no Instituto Médico Legal (IML) para a liberação.

Prejuízos no comércio 

Estima-se que Petrópolis tenha um prejuízo de R$ 665 milhões em seu PIB (Produto Interno Bruto) por conta das chuvas que atingiram a cidade na última semana. Os dados são de pesquisa realizada pela Firjan. 

O levantamento foi feito com 286 empresas. As perdas consideram o impacto direto da tragédia no funcionamento das empresas da cidade. Até o início dessa semana, 65% das empresas foram diretamente afetadas pelas chuvas. Além disso, 85% ainda não voltaram a funcionar. 

A expectativa é que o retorno das atividades leve até 13 dias. Entretanto, uma em cada 3 empresas afirmam não saber quando o retorno será possível. Como uma forma de tentar amenizar os impactos, a Firjan abriu nesta 2ª feira o Centro de Atendimento ao Pequeno Empresário, na sede da Firjan Serrana, no Centro de Petrópolis. O Centro contará com atendimento de instituições de crédito como uma forma de socorrer as empresas locais.

FGTs é liberado pela Caixa Econômica

A Caixa Econômica Federal liberou o saque do FGTS e condições especiais para pagamento de financiamentos habitacionais.O banco também determinou o envio de um caminhão-agência e equipe de especialistas na área de habitação para atender à população.

Um caminhão-agência da Caixa – que oferece os serviços de uma agência bancária – foi deslocado para a região. A unidade funciona das 8h às 18h, para desbloquear cartões e senhas, além de atender beneficiários do Auxílio Brasil, do abono salarial do PIS/Pasep, cotistas do FGTS e mutuários.

A unidade móvel, segundo a instituição financeira, conta também com caixa eletrônico para saques em espécie até 02 de maio. Os moradores das novas áreas afetadas, conforme endereços a serem identificados pela Defesa Civil Municipal, também poderão solicitar o Saque Calamidade do FGTS. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00.

Escolas funcionam como ponto de apoio

O município mantém 13 escolas abertas para o acolhimento dos moradores de área de risco. Se você quiser ajudar como voluntário ou doações confira abaixo os endereços:

  1. E. M. Papa João Paulo II – Rua São Sebastião, 625 – São Sebastião
  2. E. Germano Valente – Rua Dr. Sá Earp, 88 – Centro
  3. E. Rubens de Castro Bomtempo – Rua Permínio Schimidt, s/n – Vila Felipe
  4. CEI Chiquinha Rolla – Rua Campos, s/n – Quitandinha
  5. E. M. Geraldo Ventura Dias – Serra Velha da Estrela, s/n – Meio da Serra
  6. E. M. Duque de Caxias – Travessa Luciano Camarota, 78 – Quissamã
  7. E. Paroquial Bom Jesus – Rua Dr. Thouzet, 820 – Quitandinha
  8. E. M. Alto Independência – Rua Leonor Maia, 1.056 – Alto Independência
  9. E. M. Joaquim Deister – Rua Dr. João Glass Veiga, s/n – Floresta
  10. E. Comunidades Santo Antônio – Rua Coronel Albino Siqueira, 197 – Alto da Serra
  11. E. M. Maria Campos – Rua Buenos Aires, 108 – Centro
  12. E. São João Batista – Rua Luiz Winter, s/n – Duarte da Silveira
  13. E. Paroquial Nossa Senhora da Glória – Rua Augusto Severo, s/n – Morin

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Fonte: Jornal Contábil
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