O Banco Central (BC) libera, a partir de hoje, dia 21, o dinheiro esquecido em bancos para o último grupo nesta primeira fase. Pessoas e empresas nascidas e criadas a partir de 1983 vão poder acessar os valores a receber no site valoresareceber.bcb.gov.br e vão poder pedir o resgate do dinheiro até o próximo sábado (26), dia da repescagem.
Quer mais detalhes? Acompanhe.
Como será feito o pagamento?
O pagamento dos valores esquecidos nos bancos está sendo feito por lotes. Este é o último lote de pagamentos. O primeiro ocorreu no dia 07 de março. De 14 a 18 de março foi a vez dos pessoas e CNPJs com data de nascimento ou criação entre 1968 e 1983. Por fim, entre 21 e 25 de março, vão poder movimentar o dinheiro quem nasceu a partir de 1983.
Os valores devolvidos são de contas correntes ou poupanças que foram encerradas ainda com saldo disponível; tarifas e parcelas cobradas indevidamente cuja devolução já estava prevista em termo de compromisso assinado com o BC; cotas e sobras de quem participou de cooperativas de crédito; e dinheiro de consórcios encerrados.
Haverá também pagamentos em casos de contas mantidas em corretoras e distribuidoras de valores para registro de ativos financeiros dos clientes. Em muitos casos, há cobranças de tarifas duplicadas, que também serão devolvidas.
Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio de Pix ocorram mais rápido.
Todos os grupos vão ter direito a repescagem. As datas para a segunda chance vão ser em 12, 19 e 26 de março, uma para cada grupo, respectivamente. Ou seja, quem perder este último lote, poderá voltar no dia 26 de março.
Onde consultar os valores esquecidos?
A consulta e a solicitação dos valores acontece exclusivamente através do endereço valoresareceber.bcb.gov.br. Não é possível fazer o procedimento através do site do Banco Central ou Registrato, como disponibilizado nos primeiros dias de divulgação do serviço, em janeiro. A mudança foi feita após queda do site do banco em 25 de janeiro em razão do alto volume de acessos.
A maior parte do dinheiro que começou a ser liberado pelo Banco Central foi esquecida por pessoas físicas, e não por empresas.
Como resgatar o dinheiro?
Para ter acesso aos valores esquecidos, é preciso seguir o passo-a-passo abaixo:
1) Consulte se possui valores a receber
– Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br;
– Informe o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa;
– Se houver valores a receber, o sistema informará uma data para que retorne ao site e solicite o dinheiro disponível;
– Ainda não será possível saber o valor que poderá ser resgatado.
2) Se tiver dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br
– Será exigido um cadastro Gov.br nível prata ou ouro para consultar os valores e transferir o dinheiro;
– O cadastro gratuito é feito no site ou pelo app Gov.br (Google Play e App Store);
– Informe seu CPF, selecione as opções de Termo de Uso, Não sou robô e clique em Continuar.
Uma informação importante é que para agendar o saque, o usuário deverá ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. Identificação segura para acessar serviços públicos digitais, a conta Gov.br está disponível a todos os cidadãos brasileiros. O login tem três níveis de segurança: bronze, para serviços menos sensíveis; prata, que permite o acesso a muitos serviços digitais; e ouro, que permite o acesso a todos os serviços digitais.
Decepção para muitos e felicidade para poucos
Muitos brasileiros criaram expectativas sobre esses valores esquecidos e chegaram a fazer muitos planos. Contudo, um grande número acabou se decepcionando quanto aos valores. De acordo com as informações do Banco Central, cerca de 42,8% dos casos são de apenas R$ 1 para se receber e enquanto que 69,7% desse total é de até R$ 10.
Contudo, se muitos se decepcionaram, uma pequena porcentagem pode comemorar. Nas faixas mais altas, cerca de 36 mil liberações foram de valores altos entre R$ 10.000,01 e R$ 100 mil, representando apenas 0,11% dos casos. E apenas 1.318 dessas transferências resultaram em liberação de valores acima de R$ 100 mil, um valor que não chegou a nem 0,01% do total.
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Fonte: Jornal Contábil
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