Embora o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda tenha sido prorrogado pela Receita Federal para o dia 31 de maio, é de suma importância não deixar para a última hora uma obrigação tão importante como essa. Se atentar aos detalhes durante o processo também é imprescindível para não ficar no prejuízo.
De acordo com levantamento realizado pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, errar no modelo da declaração do imposto de renda pode custar até 60% mais imposto. Isso porque os erros na forma de declarar o plano de previdência podem causar prejuízo de R$ 113 mil em 40 anos.
Os planos de previdência privada na modalidade PGBL, por exemplo, são conhecidos por proporcionarem benefícios fiscais, permitindo uma renda maior na aposentadoria. No entanto, o contribuinte deve ter em mente que essa vantagem só existe se o plano for bem utilizado.
“A falta de conhecimento mostra que muitas destas pessoas estão deixando de aproveitar os benefícios proporcionados por este tipo de plano, ou seja, estão pagando mais imposto do que deveriam”, afirma Samuel Torres, consultor financeiro da Onze.
Uma pesquisa, também realizada pela fintech no ano passado, mostrou que, entre 5 mil titulares de previdência privada, 36% não sabiam dizer em quais fundos de previdência investem, 55% não sabem quanto pagam e 56,3% nem sequer sabem se estão ganhando ou perdendo dinheiro.
Samuel explica que o PGBL permite uma dedução de até 12% de sua renda bruta anual da base de cálculo do IR da declaração no modelo completo. Mas, diferente do que muitos imaginam, essa economia é apenas uma postergação do pagamento do IR, não um valor que não precisa ser pago. Isso porque, no PGBL, o imposto cobrado no resgate incide sobre o valor total do plano, enquanto no VGBL, o IR incide apenas sobre os rendimentos.
Ainda assim, o benefício de postergar o pagamento de IR, obtendo uma maior restituição e a reinvestindo, seja na previdência privada ou em outro investimento, pode ser muito relevante, principalmente em prazos mais longos, como costuma ser o caso da previdência.
Desta forma, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é adequado para quem faz a declaração no modelo completo, visto que as contribuições podem ser deduzidas da renda tributável anual, proporcionando um pagamento menor de IR ou uma restituição maior. Em contrapartida, ao resgatar o dinheiro do plano, o imposto incide sobre as contribuições e rendimentos.
“Por outro lado, para quem faz a declaração no modelo simplificado, o melhor são os planos de previdência do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), já que não é possível deduzir as contribuições. Aqui, a vantagem está no momento dos resgates, uma vez que só os rendimentos serão tributados”, finaliza o especialista.
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Fonte: Jornal Contábil
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