Na última segunda (25), Elon Musk finalmente concretizou a compra do Twitter. De acordo com a agência Reuters, o valor da aquisição foi de US$ 44 bilhões. A compra levantou diversas especulações sobre o futuro da rede social, já que o bilionário já afirmou que pretende atenuar a moderação de conteúdo, fazer alterações na verificação de perfis e abrir o algoritmo da plataforma.
Desde 2013, a empresa tem ações negociadas na Nasdaq, em Nova York. Mas Musk quer fechar o capital do Twitter para realizar mudanças, segundo carta enviada por ele para a SEC, órgão regulador do mercado de capitais nos EUA.
A rede social também irá oferecer a um grupo seleto de criadores de conteúdo a possibilidade de converter seus ganhos na plataforma em criptomoedas. Para isso, a companhia fechou um acordo com a empresa Stripe, sistema de processamento de pagamentos.
Para Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, o que muda agora é que o Twitter tem um dono que vai ditar as regras do jogo. “Por mais que o Twitter fosse uma empresa de capital aberto, a grande reclamação é que o Twitter era enviesado e tinha censura para um certo lado dando ênfase em conteúdos de uma certa agenda. Com Musk comprando a rede social essa moderação de conteúdos deve diminuir. Musk quer transformar o Twitter em uma plataforma de liberdade de expressão”, explica.
Segundo Oliveira, outra mudança é que pessoas que abandonaram o Twitter podem começar a voltar para a rede social assim como pode passar a acontecer a saída de muitas pessoas que não concordam com a atenuação da moderação de conteúdo. “Pode acontecer boicotes de publicações e até de patrocínios, o que faria o Twitter perder fonte de receitas”, diz.
Para o CFA, é importante ficar atento em relação a como será o funcionamento da empresa nas mãos de um empresário que tem perfil totalmente diferentes de outros nomes como o próprio Zuckberg.
“Também será necessário observar como outras plataformas vão se comportar em meio a esse cenário. Está se abrindo nova dinâmica nas redes sociais em que uma pessoa com muito dinheiro resolveu comprar uma rede social para atenuar a moderação de conteúdo. E agora temos que ver os próximos passos de como será a aceitação disso entre usuários e empresas”, afirma.
Segundo ele, é preciso observar como o movimento de Musk influencia em outras small caps: “Já há muitos analistas falando sobre possível ano muito forte de aquisições das grandes techs comprando pequenas techs. Hoje no setor de produtos básicos e alimentação, há poucas e grandes empresas que dominam. Pode ser que tecnologia siga essa tendência”.
Marcelo Oliveira é sócio-fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores.
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Fonte: Jornal Contábil
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