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Na última sexta-feira (08), a sede do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) foi palco do 42° Simpósio Mundial de Auditoria Contínua e Relatórios (WCARS). O evento, que pela primeira vez foi realizado em Santa Catarina, contou com palestrantes renomados do Brasil e do exterior.
Esse é o principal fórum para a discussão de pesquisa e prática na aplicação de tecnologia para auditoria contínua e relatórios e reuniu cerca de 200 profissionais e estudantes da área.
No evento foram abordados diversos temas, como os impactos da tecnologia em processos de auditoria contínua, mapeamento de dados por naves não tripuladas (drones), blockchain, text mining (mineração de texto) e pesquisa aplicada.
Nesta edição, o simpósio teve três palestrantes internacionais, sendo um deles o PHD e coordenador do centro de pesquisa da Universidade Rutgers, nos EUA, Miklos A. Vasarhelyi. Miklos falou sobre o centro de pesquisa e as tecnologias relacionadas à auditoria, apresentou projetos que foram orientados por ele no programa de doutorado da Rutgers e apontou algumas tendências como automatização, blockchain e text mining.
A americana Deniz Appel Baum, professora assistente do Departamento de Contabilidade e Finanças da Escola de Negócios Feliciano, abordou o uso de naves não tripuladas (drones) para mapear e monitorar espaços, armazéns e até para manutenção de pontes. “Temos visto um grande potencial nos drones e sua usabilidade para mapeamento de dados e riscos”, disse.
Andrea Rozario, do Equador, destacou a tendência em projetos de automação como blockchain. De acordo com ela, a tecnologia é como um “protocolo de confiança”, que visa a descentralização de bases de registros e dados, distribuídos e compartilhados, que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado, sem o intermédio de terceiros.
A brasileira Maria Helena Petterson, membro do Public Interest Oversight Board (PIOB), falou dos impactos da tecnologia nos processos de auditoria e controle interno. Já o americano Kevin Moffitt, professor assistente da Rutgers Business School, mostrou a importância do text mining nos processos de auditoria e no combate à corrupção e fraudes.
O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dr. Luiz Alberton, ministrou um workshop sobre a pesquisa aplicada em auditoria. O aluno do programa de doutorado da UFSC, que fez intercâmbio na Rutgers, Maurício Codesso, falou ao público especializado sobre a integração de dados do modelo de auditoria contínua.
Durante o encontro, um debate sobre auditoria contínua em organizações públicas reuniu os especialistas Paulo Caetano da Silva, do Banco Central e Unifasc, Arlindino Nogueira Neto da Universidade Federal da Bahia e Eduardo Tanaka da Receita Federal.
O presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Francisco Antonio Maldonado Sant’anna, fez uma palestra sobre ceticismo profissional. Após sua apresentação, três artigos acadêmicos relacionados ao tema foram apresentados.
O encerramento do evento ficou por conta de Sidnei Manoel Rodrigues, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), que apresentou o case local referente ao Observatório da Indústria Catarinense.
O Simpósio Mundial de Auditoria Contínua e Relatórios alterna entre locais dos EUA e não-americanos, com conferências anteriores realizadas em Mônaco (2004), Malta (2005), São Paulo, Brasil (2006-2017), Ferrara, Itália (2007), Creta (2008), Malatya, Turquia (2012), Brisbane, Austrália (2013), Reykjavik, Islândia (2014), Chengdu, China (setembro de 2014) e Brisbane Austrália (2016).
O evento foi realizado por meio de uma parceria institucional entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC).
Fonte: CFC