Detectar a saúde financeira de uma instituição e possíveis erros no orçamento é muito importante antes de pensar em investir em uma empresa. Mas há um jeito de detectar isso com rapidez? Sim! Através da DFC.
A Demonstração Fluxo de Caixa (DFC) é uma forma da empresa compreender sua performance e saber como se organizar de maneira mais inteligente e estratégica. Ela pode ser analisada por meio do método de fluxo de caixa direto e indireto.
Em suma, ela traz todo o movimento de entradas e saídas do caixa da empresa. DFC retrata a capacidade que a empresa possui em gerar caixa e, consequentemente, lucro.
Outra característica é que também permite que os analistas possam detectar possíveis fraudes contábeis em uma empresa. Quer conhecer mais sobre o assunto? Acompanhe a leitura.
O que é DFC?
A demonstração de fluxo de caixa, ou simplesmente DFC, é um relatório de contabilidade de grande importância, pois mostra como anda a saúde financeira de uma empresa.
Nele deve haver todas as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa em um certo período, além de apresentar quais foram os resultados desse fluxo. Passou a ser obrigatória para todas as companhias de capital aberto (aquelas que vendem ações na Bolsa de Valores) e, também, para todas as empresas que declaram um patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões.
Portanto, o objetivo da DFC é analisar a capacidade que uma empresa possui para a geração de caixa equivalente ao longo de um dado período, mostrando, dessa forma, como anda a saúde financeira de uma empresa, bem como detectar possíveis erros contábeis ou fraudes no caixa.
O que é o fluxo de caixa e como estruturá-lo?
A partir da elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), é possível listar as principais alterações no saldo de disponibilidades da empresa (caixa e equivalentes de caixa) em um dado período.
Vale destacar que o caixa representa o numerário em espécie e os depósitos bancários disponíveis. Já os equivalentes de caixa são as aplicações financeiras de curto prazo e alta liquidez. Estas podem ser convertidas em montante conhecido de caixa, e estão expostas a um risco mínimo de mudança de valor.
Na prática, este tipo de relatório tem a estrutura dividida em três grupos:
Atividades Operacionais: são as entradas e saídas de caixa orçadas e vinculadas ao objeto social da empresa. Em outras palavras, são movimentações derivadas de sua atividade-fim. Exemplos: pagamento de fornecedores, recebimento de vendas e pagamento de funcionários.
Atividades de Investimento: esta seção do fluxo de caixa indica o valor que a empresa direciona para as despesas de capital para participações e aplicações financeiras, visando obter renda . As entradas por venda dos ativos registrados e negociações de participações de empresas também pertencem a esse grupo.Vale destacar que as atividades de investimento não podem ser destinadas à manutenção das atividades da companhia.
Atividades de Financiamento: são recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Portanto, devem ser incluídos os empréstimos e financiamentos de curto prazo. Além disso, é preciso registrar as saídas que correspondem à amortização dessas dívidas e aos valores pagos aos acionistas em dividendos e na distribuição de lucros.
A Demonstração de Fluxo de Caixa pode ser feita usando o fluxo de caixa direto e indireto. Ambos os métodos tomam como ponto de partida a análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e do Balanço Patrimonial, com a inclusão de algumas informações adicionais.
Fluxo de Caixa Direto
No método direto, o grupo das atividades operacionais é composto pelas movimentações de entrada e saída, apuradas a partir das contas a pagar e a receber do Balanço Patrimonial, com o suporte da Demonstração do Resultado do Exercício.
Cada conta da DRE espelha outra correspondente no Balanço Patrimonial, como Receita Bruta e Duplicatas a Receber. Em síntese, o fluxo de caixa direto se baseia na forma bruta das operações.
Na prática, o principal objetivo é manter as informações de caixa acessíveis diariamente. Desse modo, os recebimentos e pagamentos precisam ser organizados de acordo com a natureza contábil, sendo divididos em várias classes:
- Recebimentos de clientes, inclusive de arrendatários, concessionários e similares;
- Recebimentos de juros e dividendos;
- Pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e serviços;
- Juros pagos;
- Impostos.
Fluxo de Caixa Indireto
O método indireto vai além da apresentação das entradas e saídas do caixa. Este tipo de apuração considera o regime de competência para verificar todas as variações ocorridas no caixa em dado período, tomando como ponto de partida a análise contábil.
Com essa abordagem, o fluxo de caixa indireto é o mais recomendado para contadores e gestores que buscam avaliar as variações relacionadas ao desempenho econômico da empresa. Esse método usa duas demonstrações contábeis:
- Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);
- Balanço Patrimonial (BP).
O principal diferencial do fluxo de caixa indireto é o fato de que ele permite diferenciar o lucro e o caixa gerado em todas as operações. Dessa maneira, o gestor consegue visualizar, com mais clareza, a posição financeira da companhia, a partir da eficiência e da lucratividade das suas operações. Em síntese, o fluxo de caixa indireto vai além do ciclo entrada/saída de recursos.
Vale destacar que o fluxo de caixa direto e indireto são abordagens diferentes da mesma análise. Desse modo, o resultado final não pode variar, mas deve coincidir. Na prática, o uso de ambos pode proporcionar uma conciliação entre o regime de competência com o regime de caixa.
Importância da DFC
Antes de investir em uma empresa, seja ela qual for, é importante conhecê-la um pouco mais a fundo, principalmente sobre a sua saúde financeira.
Saber o que é DFC e como esse relatório funciona diminui o risco de investir o seu dinheiro em uma companhia que pode gerar prejuízos ou mesmo que está perto de quebrar.
Manter o fluxo de caixa positivo e crescente deve ser o principal objetivo de qualquer empresa, uma vez que é isso que permitirá que ela cresça e que traga cada vez mais lucro aos seus investidores e demais interessados.
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Fonte: Jornal Contábil
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