Em audiência pública no Congresso Nacional, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o preço da gasolina pode ganhar uma redução de 21%, o que faria com que o valor cobrado nas bombas diminuísse R$ 1,55. Caso a fala do ministro se confirme, a média nacional do combustível caíria de R$ 7,39 para R$ 5,84.
De acordo com Sachsida, a possibilidade de redução viria mediante a aprovação das propostas relacionadas ao congelamento do ICMS. Além disso, o ministro também abordou a questão do diesel, que também passaria por uma diminuição, apesar de menos relevante em comparação à gasolina, sendo uma queda de 1,7%, passando dos atuais R$ 7,68 para R$ 7,55.
Quanto a redução de diesel, o ministro explicou que seria uma queda de menor relevância visto que diversos tributos já foram zerados. A alta do combustível tem sido uma problemática há algum tempo, em especial, para os caminhoneiros que fazem grande uso nos postos de abastecimento. Diante disso, já há um projeto que tramita no Senado Federal e busca aprovar um voucher de R$ 1.000 direcionado aos caminhoneiros.
Efeitos do teto do ICMS no preço da gasolina
Vale lembrar que a muito se discute sobre os reais efeitos do congelamento do ICMS. Em suma, especialistas apontam que a curto prazo, a medida trouxesse impactos positivos nos preços de cobrados nas bombas, todavia, a médio prazo o cenário não seria o mesmo, até muitos atrelam a alta da gasolina a política de preços adotada pela Petrobras.
Recentemente, a estatal anunciou um novo reajuste no valor dos combustíveis, apesar das pressões vindas do governo em defesa da manutenção dos preços. Em suma, os aumentos foram necessários devido à defasagem de preços em relação ao exterior, sendo de 18% no diesel 14% na gasolina, conforme os dados divulgados pela Abicom.
Nesta linha, a política de preços hoje adota na Petrobras prevê tais reajustes, dado que ela se baseia no preço do barril de petróleo no mercado internacional. Isto é, o chamado PPI (Preço de Paridade Internacional), permanece ditando os valores cobrados nas bombas de abastecimento, o que por sua vez, ocorre desde 2016, quando a política entrou em vigor.
De todo modo, de acordo com os anúncios da Petrobras, o diesel sofreu um reajuste de 14,26% enquanto a gasolina aumentou em 5,18%. Cabe salientar que as novas correções podem colaborar para uma resistência que já existia por parte dos governadores dos estados em relação à proposta do teto do ICMS. Isto porque, além de afetar os recursos recolhidos do tributo, o projeto pode não causar um impacto relevante no preço dos combustíveis.
Fonte: Jornal Contábil
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