A fila de espera para receber o Auxílio Brasil disparou nos últimos meses, e a quantidade de famílias que buscam fazer o cadastro para conseguir o benefício -a chamada “fila da fila”- também vem crescendo.
As filas nos centros de assistência social voltaram e prefeituras relatam um aumento nas tentativas de cadastro. Especialistas em políticas sociais, no entanto, criticam o desenho do programa, lembrando que hoje já há muitos excluídos dos cadastros de beneficiários.
Ou seja, que estão na “fila da fila” e que, se não se cadastrarem, seguirão sem receber o benefício. Os analistas lembram ainda que o auxílio tem data para acabar: dezembro de 2022.
— As pessoas estão tentando se cadastrar e não conseguem, porque as prefeituras não estão dando conta de tanta procura. Já as pessoas que se cadastraram continuam na fila sem saber se vão receber, mesmo dentro dos critérios. O principal questionamento delas é: já que vão aumentar o valor, será que vão liberar para todos que estão na fila? — relata Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica.
Centros amanhecem com fila
Na manhã desta quinta-feira, Centros de Referência e Assistência Social (Cras) das prefeituras de várias cidades pelo Brasil amanheceram com filas de pessoas interessadas em se cadastrar ou atualizar seus dados no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, “houve um aumento significativo de pessoas para realização de inclusão de dados no CadÚnico”.
Em Guapimirim, cidade da Região Metropolitana do Rio com 62 mil habitantes, 13 mil pessoas estão inscritas em programas sociais do governo. E outras 2.700 aguardam para receber o Auxílio Brasil.
“O aumento da procura de pessoas no Cras para inscrição no CadÚnico, mesmo sem número exato, já pode ser percebido pelos profissionais”, informou a prefeitura, em nota.
Fonte: Jornal Contábil
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