Os queijos artesanais brasileiros têm ganhado cada vez mais o paladar dos consumidores no país, não só pela qualidade, mas também pelo aspecto afetivo e o apelo à tradição. Com o objetivo de reconhecer a relevância do trabalho do campo e promover os produtores artesanais brasileiros, o Sebrae e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) premiaram, nesta quarta-feira (13), os melhores queijos artesanais do país. A iniciativa também tem o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

A abertura do evento Prêmio CNA Brasil Artesanal 2022 Queijos contou com a presença do presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, que aproveitou a ocasião para lembrar o reconhecimento dos queijos artesanais brasileiros fora do país e como as indicações geográficas (IG) são importantes para que os queijos brasileiros sejam mais valorizados. “Esse é caminho que buscamos junto com a CNA para fazer com que a vida do produtor seja melhor no aspecto da rentabilidade, agregando valor e melhorando a qualidade de vida desse profissional como um todo”, disse.

O presidente da CNA, João Martins, reforçou o objetivo da premiação neste ano. “Esta edição vem para fortalecer a produção nacional de leite e estimular a formalização dos produtores”, comentou. Segundo ele, o prêmio também é uma forma de sensibilizar as autoridades quanto à necessidade de maior celeridade na concessão do Selo Arte e ampliar a possibilidade de mercado aos produtores.

A final do concurso reuniu os 15 finalistas das três categorias. Na categoria queijos artesanais tradicionais com 30 a 180 dias de maturação, o grande vencedor foi o Queijo Cornélia, de Arapoti (PR). Já o produtor de queijo Sander Willian Verburg conquistou o 1º lugar na categoria queijos artesanais com adições/aromatizados/condimentados. “Nosso queijo tem o nome da minha vó, que era holandesa e começou a tradição de produzir o queijo gouda. A receita passou de geração em geração”, relatou.

Na categoria queijos artesanais com tratamento térmico, quem levou pra casa o troféu foi o Queijo Lendário da Generosa, da Fazenda Generosa, localizada na cidade de Andrelândia, no Sul de Minas. Com muita emoção, o produtor Joaquim Luiz de Carvalho recebeu o prêmio. Além dessa categoria, ele também venceu ficou com o 3º lugar para Queijo Artesanal tradicional de 30 a 180 dias de maturação. “Eu dedico esse prêmio ao meu amigo Elton, que nos deixou, e aos meus pais. É difícil falar neste momento, mas estou muito agradecido”, declarou.

Ao todo, foram mais de 90 inscrições, com participantes de 13 estados brasileiros, reforçando toda a diversidade do queijo artesanal do país. A premiação contou com produtores de queijo artesanal de Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

O 1º colocado de cada categoria recebeu R$ 6 mil, o segundo, R$ 3,5 mil, o terceiro, R$ 2 mil, o quarto lugar, R$ 1 mil, e o quinto colocado levou R$ 500. Além disso, todos os finalistas ganharam os cursos do Sebrae – Empretec e Storytelling e os três primeiros lugares de cada categoria poderão apresentar o Selo CNA Brasil Artesanal em seus queijos premiados.

Confira abaixo a colocação de cada finalista por categoria:

Queijo Artesanal tradicional de 30 a 180 dias de maturação

• Queijo Cornélia/PR – 1º lugar
• Sabor da Alagoa/MG – 2º lugar
• Parmesão da Generosa/MG – 3º lugar
• Roça da Cidade/MG – 4º lugar
• Queijos Aiuruoca/MG – 5° lugar

Queijo Artesanal com tratamento térmico

• Lendário da Generosa/Faz. Generosa/MG – 1º lugar
• Cana Velha Tradicional/MG – 2º lugar
• Canastra Melhor de Minas/MG – 3º lugar
• Maranata Bronze/MG – 4º lugar
• Perosa/SC – 5º lugar

Queijo Artesanal com adições de aromatizantes/condimentos

• Queijo Cornélia /PR – 1º lugar
• Queijos Almeida Guimarães Rosso/MG – 2º lugar
• Queijo Sítio da Onça/MG – 3º lugar
• Queijo Cana Velha /MG – 4º lugar
• Queijo 3 Irmãos/MG – 5º lugar

Fonte: SEBRAE
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