A Síndrome do Impostor é um problema que atinge homens e mulheres em cargos de liderança em várias empresas ao redor do mundo. Segundo a Universidade Dominicana na Califórnia, aproximadamente 70% das pessoas se sentem uma fraude no ambiente de trabalho, isso pelo menos uma vez na vida. O administrador pós-graduado em psicologia, Flávio Sanches, revelou como esses sentimentos atrapalham as carreiras.
De acordo com Flávio, de cada dez pessoas, sete já passaram por essa sensação de sintoma de se sentir uma fraude. “A síndrome do impostor é relacionada, principalmente, à sensação interna de não ser bom o suficiente como as pessoas e analisar seus resultados”, explicou.
Conforme Sanches, a síndrome é definida por uma autopercepção de falsidade intelectual. “É sobre você se sentir ser uma fraude. Por mais que você faça, realize, traga resultados e construa uma posição muito forte, você acaba tendo uma autossabotagem que influencia muito nos seus resultados. Ou seja, por mais que você se esforce que você tenha competência para que você traga resultados, você sente que aquilo nunca é seu”, afirmou.
Segundo o profissional, algumas pessoas já fizeram e falaram abertamente sobre essas experiências da síndrome do impostor, como, por exemplo, Michele Obama. Além disso, a doença é caracterizada por uma sensação que vem repetidamente. “Ela está sempre nos nossos resultados. São crenças internas que nos mostram esses resultados. E quantas vezes os empresários passam por esse sentimento e trabalham isso como se nada estivesse acontecendo.”
Dentro deste contexto, Flavio explicou que a síndrome do impostor envolve vários sentimentos que nós podemos ter no nosso dia a dia, como baixa autoestima, insegurança, medo, ansiedade, depressão, desmotivação e tristeza repentina. “Dentro de todo este contexto, nós somos trabalhados desde a nossa infância para que nós não trabalhemos o nosso mérito”.
Como surge a síndrome do impostor?
Para Sanches, um fator muito importante para o não desenvolvimento da síndrome do impostor é o relacionamento entre pais e filhos e como as crianças são preparadas para lidarem com suas vitórias e fracassos.
“Então, o primeiro passo dessa construção da síndrome do impostor vem de pais e mães que não trabalharam muito bem a autoestima dos filhos e que esses filhos não reconhecem o seu próprio trabalho e está muito ligado a capacidade e habilidade.”
Além disso, o profissional também pontuou que as comparações com outras pessoas que aparentam ser mais bem sucedidas, bem como as cobranças excessivas, são cruciais para que o problema se torne real e prejudique a vida do profissional em vários aspectos, inclusive, não se restringindo apenas a vida profissional.
Por Flávio Sanches, especialista em Alta Performance Emocional Empresarial.
Fonte: Jornal Contábil
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