A Caderneta de Poupança registrou a saída líquida de R$ 22 bilhões em agosto, o maior resgate mensal de recursos da série histórica, iniciada em 1995. 

Os dados foram divulgados na última terça-feira (6) pelo Banco Central (BC). O recorde anterior era de janeiro deste ano, quando houve saída líquida de R$ 19,6 bilhões.

O saldo negativo é pelo resultado do depósito de R$ 316,2 bilhões contra a saída de R$ 338,23 bilhões.

A retirada de recursos também foi recorde no acumulado de janeiro a agosto. Somou R$ 85,17 bilhões. A Poupança registrou saída líquida em 7 dos 8 meses deste ano. Só houve entrada de recursos em maio, quando houve depósito de R$ 3,5 bilhões. 

O saldo mensal da Poupança é formado pelos depósitos subtraídos pelos resgates.

Poupança

Devido à retirada de recursos, a Poupança volta a ter menos de R$ 1 trilhão depositado.

A última vez que a Caderneta teve menos recursos aplicados foi em agosto de 2020, quando era de R$ 986 bilhões. 

Em agosto, o estoque caiu de R$ 1,007 trilhão para R$ 991,8 bilhões, que é o resultado da diminuição de R$ 22 bilhões resgatados no mês e a soma de R$ 6,59 bilhões pela rentabilidade de agosto. 

Até dezembro de 2021, a Poupança rendia 70% da taxa Selic (juros básicos da economia). Desde então, a aplicação passou a render o equivalente à Taxa Referencial mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. 

Atualmente, os juros básicos estão em 13,75%. Devem chegar a 14% na próxima reunião, de setembro, já que o BC sinalizou uma alta de até 0,25 ponto percentual. No ano, a rentabilidade da Poupança permitiu ganhos de R$ 46 bilhões.

Com informações do Poder 360

Fonte: Contábeis
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