As estratégias de ação do Polo Sebrae Agro foram amplamente discutidas por dirigentes do Sistema Sebrae, principalmente do Nordeste brasileiro, em reunião na manhã desta sexta-feira (14) na Agência Sebrae Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, região metropolitana de Natal. Presidida pelo diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, a reunião contou com a diretoria executiva do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto (superintendente), João Hélio Cavalcanti (técnico) e Marcelo Toscano (Operações) e equipe técnica, dos diretores Alci Porto (Ceará), Marcelo Lessa (Goiás), Vinicius Lages (Alagoas), Mauro Borralho (Maranhão), além de analistas técnicos dos Sebrae do Nordeste e do Rio de Janeiro e Goiás, onde o polo de referência foi instalado no início deste ano.

Para o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, destacou a importância da atuação do Sebrae nos vários segmentos do agronegócio, como o projeto de Leite e Genética, que neste ano completa 30 mil bezerros nascidos através de inseminação realizada ao longo dos anos da execução do projeto.

“Proporcionalmente em matrizes de corte, o Rio Grande do Norte é o terceiro estado do Brasil que mais insemina”, cita Melo.

Ele destacou também o projeto das queijeiras artesanais que está multiplicando as unidades de fabricação nas diversas regiões do estado, especialmente no Seridó potiguar, onde está concentrada a maior bacia leiteira do estado.

O diretor-técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, destaca que o principal propósito do polo é integrar de forma estratégica as ações do agronegócio executadas pelo Sistema Sebrae em todo o país. “Essa troca de experiência entre os diversos Sebrae é de fundamental importância, a fim de que possamos alimentar esse polo do agronegócio, compartilhando conhecimentos e soluções tecnológicas voltadas para o pequeno produtor”, afirma João Hélio.

Aquicultura

O diretor técnico do Sebrae no Ceará, Alci Porto, que participou da reunião híbrida de forma presencial, reiterou a importância estratégica do polo, sobretudo num país com muita diversidade de biomas nas regiões. “O nosso Nordeste, por exemplo, temos biomas que merecem um olhar diferenciado, cujas as atividades desenvolvidas já estão sendo questionadas do ponto de vista ambiental e da sustentabilidade. O polo nos ajuda a melhorar a produção, respeitando as peculiaridades de cada bioma. Exemplo disso é que, há muito anos quando se falava na produção de camarão no Nordeste se referia a uma produção marítima, e atualmente existem milhares de produtores cultivando o camarão nas áreas do semiárido”, compara Porto, lembrando que atualmente o Ceará junto com o RN detém cerca de 76% da produção do crustáceo no Brasil.

“O polo Sebrae Agro precisa promover uma discussão estratégica sobre os biomas da região, sua capacidade de transformação os ambientes em trabalho e renda, garantindo a sustentabilidade”, acrescenta Alci Porto.

O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, destacou que é importante observar as diferenças regionais e trabalhar de uma forma integrada e em rede, visando impactar o país inteiro. “O Brasil tem a meta desafiadora de alimentar um bilhão de pessoas no mundo, afora os brasileiros. Assim contribuir com a segurança alimentar”, comenta. Quick afirma que o desafio de ter um polo que referencia e dissemina informações, conhecimento, tecnologias, soluções e oportunidades das diversas realidades regionais é de todas unidades do Sebrae na Federação. “O agro é um polo que precisa ter a capacidade de captar as diferenças e lidar com as mesmas”, diz Bruno, lembrando que há um mundo novo que a inovação está trazendo e que o Sebrae e parceiros do agro são agentes transformadores neste novo cenário.

Eixos de atuação

O coordenador do Polo Sebrae Agro e analista técnico do Sebrae Goiás, Mauro Abreu, explica que o polo atuará em três eixos: curadoria de conteúdos do agronegócio, visando sistematizar todo o acervo produzido nos últimos 50 anos do sistema Sebrae, em seguida disseminar essas informações e a terceira é o desenvolvimento de soluções com a proposição de ações efetivas para o agronegócio. Além dos dirigentes e analistas técnicos do Sebrae das cinco regiões do Brasil, o polo com um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e um da Confederação Brasileira da Agricultura (CNA).

Mauro Abreu lembra que o polo funcionará em rede, visando disseminar soluções que vão impactar efetivamente nas micro e pequenas empresas do segmento agropecuário. “O polo vai proporcionar para cada um dos estados, o que a soma dos estados já possui. Muitas das soluções para problemas que existem em alguns estados, outros já têm disponíveis. A nossa estratégia é ser um catalisador desse processo”, conclui Mauro.

Fonte: SEBRAE
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