Nas longínquas primeiras décadas do século 20, o famoso físico alemão Albert Einstein já dizia que é uma insanidade continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes. No nosso presente, marcado pelas grandes transformações sociais, tecnológicas e comportamentais, ouso dizer que até mesmo quando os resultados são excelentes é uma temeridade manter a continuidade e não pensar em mudança.
Uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) com 1,6 mil profissionais de inovação global e que classificou as 50 empresas mais inovadoras do mundo em 2021 mostrou que, após a pandemia de Covid-19, o número de corporações que relatam a inovação como uma de suas três principais prioridades aumentou 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior, chegando a 75%, o maior em 15 anos.
Isso mostra que já não existem mais fórmulas e receitas de sucesso para serem seguidas. Copiar ou seguir modelos de negócios já testados, mesmo que bem sucedidos, pode ter o efeito inverso e levar o empreendimento ao fracasso.
Estamos vivendo a Era das transformações de produtos e serviços tradicionais e, nesse cenário, a inovação deixa de ser um diferencial e passa a ser um dos fatores mais determinantes para a competividade, o sucesso e a visibilidades de empresas e também de marcas.
Com a globalização, a popularização da internet e o crescimento das mídias sociais surgiu um novo consumidor, que assumiu o protagonismo do relacionamento com as empresas, que é mais exigente e está inserido em um contexto de mudanças constantes e velozes. Hoje o aspecto geográfico já não é tão importante e esses potenciais consumidores estão descentralizados, ocupando lugares diferentes e tendo outras necessidades e expectativas. Dessa forma, o grande desafio das empresas é identificar suas dores e encontrar formas criativas de chamar atenção, trazer um produto ou serviço relevante e que agregue valor.
Mas engana-se quem pensa que a inovação e a criatividade são simplesmente um talento ou dom geneticamente herdado. Uma mentalidade inovadora pode ser adquirida e construída, passar a fazer parte da estratégia e da cultura organizacional e orientar as ações, as iniciativas e as tomadas de decisões.
Um exemplo disso é Israel. Em setembro deste ano, reunimos 76 empresários contábeis brasileiros no 6° Seminário Internacional de Excelência Empresarial do SESCON-SP no país do Oriente Médio para entender a sua cultura de superação, forjada na dificuldade e no enfrentamento às adversidades, que fizeram dele um dos principais centros de inovação e empreendedorismo no mundo. Na bagagem, trouxemos diversas lições, como a tolerância e o aprendizado com as falhas, a necessidade de investimento em educação, a relevância da parceria entre governo e iniciativa privada e importância do conhecimento profundo do ecossistema em que sua empresa está inserida.
A criatividade pode e deve ser desenvolvida e estimulada dentro das organizações. O processo de inovação está atrelado a métodos e tecnologias, mas é, sobretudo, sobre pessoas. Por isso, é fundamental investir em uma equipe plural, diversa e de múltiplos talentos, que provoque e seja provocada para a inovação. Mas é igualmente importante que esse time seja amparado por bons processos e tecnologias, que permitam às pessoas criar e fazer acontecer.
Na prestação de serviços, onde não há um objeto concreto ou palpável, o desafio da inovação é ainda maior e tem a ver inevitavelmente com as experiências criadas, com as dores sanadas e as expectativas atendidas e superadas pelas empresas. Pensando nisso, o Sescon-SP escolheu a temática “Olhar, Pensar, Agir Diferente” para a nona edição do Seminário de Gestão de Empresas de Serviços, que será realizado no dia 25 de novembro, em São Paulo. Nosso objetivo é conscientizar os empresários do setor de serviços sobre essa mentalidade inovadora e apontar caminhos para a adequação dos negócios a esses novos tempos. Saiba mais sobre o evento em: eventos.sescon.org.br/9gescon.
Vivemos um tempo de mudanças exponenciais em nossa sociedade, onde modelos de negócios consagrados ruíram e novos antes inimagináveis têm conquistado o mercado. Dessa forma, inovação é palavra de ordem para a manutenção e o sucesso das empresas ao prover a geração ou aprimoramento de produtos e serviços, a melhoria da competitividade, a redução de custos e a conquista de novos mercados. Basta entender que não se trata de uma ideia genial, mas de um processo constante, evolutivo e perene.
Artigo escrito por Carlos Alberto Baptistão – contador, administrador de empresas e presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP Gestão 2022/2024.
por Sescon-SP
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Fonte: Portal Contnews
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