Demonstrações contábeis – Parte 3

Continuando nossa série de artigos, vamos aprender mais algumas demonstrações;

 

O orçamento é obrigatório?

Como dissemos, uma demonstração financeira é uma demonstração focada no controle interno. Dito isso, sua liberação não é obrigatória e não precisa ser submetida a nenhuma agência reguladora.

No entanto, este relatório é recomendado para equipes de gestão, pois evita possíveis erros de crédito e débito nas contas corporativas.

 

DRA – Demonstração de renda global

DRAs são demonstrações financeiras que mostram mudanças no patrimônio de uma empresa durante um período específico. Tais alterações podem ocorrer como resultado de transações ou outros eventos que não se originam do parceiro.

 

O que você precisa?

O objetivo do DRA é resolver alguns problemas que não fazem parte do DRE. Isso porque o DRA é a soma da constante do resultado líquido no DRE e os demais resultados globais.

Outra característica do DRA é que ele é adequado para usuários de dados externos. Dito isso, foi feito para que acionistas e demais investidores possam compreender melhor a saúde financeira da empresa.

O que deve ser incluído em um DRA?

Cada DRA deve conter os seguintes elementos:

  • Resultado líquido no período analisado;
  • descrever cada elemento do resultado geral;
  • participações societárias de acionistas em outros componentes da demonstração do resultado consolidada;
  • Resultados gerais.

A demonstração de resultados consolidada inclui dados como ajustes de avaliação patrimonial e ganhos e perdas atuariais de planos de pensão.

O DRA é obrigatório?

Embora não previsto na lei 6.404/76, o DRA é obrigatório de acordo com a Resolução CFC 4. 1185/09 e CPC 26.

 

DFC – Demonstrativo de fluxo de caixa

Um DFC é um relatório contábil projetado para mostrar as entradas e saídas de caixa de uma empresa durante um período especificado e para indicar o resultado desse fluxo.

As informações utilizadas para a elaboração do DFC podem ser obtidas nas demonstrações financeiras e no DRE.

Nesta tabela, as atividades de fluxo de caixa são divididas em três categorias:

  • Atividades empresariais: envolvem receitas e despesas relativas à produção e entrega dos bens e serviços da empresa;
  • Atividades de investimento: referem-se a aumentos ou diminuições de ativos ilíquidos que as empresas utilizam para produzir bens e serviços, comprar ou vender equipamentos, imóveis e investimentos em outras empresas;
  • Atividade de financiamento: inclui empréstimos e financiamentos de credores e investidores.

 

O que você precisa?

O DFC ajuda a administração a analisar a capacidade de geração de caixa por meio de entradas e saídas de caixa em um determinado período.

Com isso também podemos identificar períodos de maior dificuldade financeira e recursos escassos. Isso permite que você tome decisões oportunas para planejar ações para evitar que a situação piore.

O DFC é obrigatório?

O DFC é obrigatório para diversos tipos de empresas, incluindo empresas públicas ou empresas com patrimônio líquido superior a 2 milhões de reais – para essas empresas a obrigação prevista na Lei nº. 2. 11.638/2007. Para PMEs, este requisito é determinado pela NBC TG 1000.

A DFC deve ser arquivada pelo menos anualmente juntamente com outras demonstrações financeiras obrigatórias.

 

DVA – Declaração de Valor Adicionado

A DVA é uma demonstração contábil projetada para mostrar a riqueza que uma empresa gerou durante um determinado período de tempo. Além disso, o DVA mostra como essa riqueza é distribuída entre os diversos setores envolvidos no processo: fornecedores, financiadores, empresas comerciais, etc.

Pela lógica do mercado, o valor de todos os produtos ou serviços fornecidos por uma empresa supera a soma dos insumos ou fatores utilizados em sua produção, certo? Esse valor agregado é o que gera os lucros corporativos e representa a riqueza gerada pelo negócio.

Em resumo, o DVA mostra quanta riqueza uma empresa adicionou.

 

O que você precisa?

O DVA é usado para mostrar como uma determinada empresa contribui para o produto interno bruto (PIB) do país. Além disso, pode ser usado para fins de gestão, ajudando os gestores a medir a eficiência da empresa em termos de conversão de recursos.

A análise deste relatório contábil também pode servir de base para comparar a evolução da remuneração, o valor atribuído aos trabalhadores e muito mais.

Assim como outras reivindicações, o DVA também pode ser útil para entender a saúde financeira de uma empresa.

 

O DVA é obrigatório?

De acordo com a lei n. 11.638/2007, a DVA é obrigação de todas as empresas listadas. Todas as empresas que negociam ações na bolsa de valores são obrigadas a preparar esta declaração e outros relatórios obrigatórios anualmente.

No entanto, algumas outras empresas, embora não obrigadas, optaram por preparar esta demonstração. Afinal, como já mencionamos, ele ajuda a administração a entender melhor a eficiência dos negócios e a tomar decisões baseadas em dados.

 

DLPA – Demonstração de resultados cumulativos

Um DLPA é um relatório que mostra como o patrimônio líquido de uma empresa mudou durante um determinado período de tempo. Este arquivo contém detalhes e variáveis que afetam as mudanças nos saldos de abertura e fechamento. Como o nome do balanço sugere, essas mudanças podem ser um aumento no lucro ou prejuízo.

Os dados da DLPA referem-se à parcela reinvestida do capital ou lucro líquido de uma empresa e derivam da integração com as outras duas demonstrações que já discutimos aqui: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.

Portanto, analisando os documentos, é possível entender a real situação financeira da empresa.

 

O que você precisa?

Como outros relatórios financeiros, o DLPA ajuda a administração a obter uma visão realista da empresa para tomar decisões baseadas em dados.

Isso auxilia no planejamento estratégico e financeiro de uma organização, principalmente na hora de investir, expandir, adquirir novos equipamentos e contratar pessoal.

Outro objetivo da DLPA é mostrar como ocorreram as mudanças no lucro de uma empresa, indicando se foi alocado ou reinvestido.

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Fonte: Portal Contnews
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