As cidades de Antonina e Morretes, no litoral do Paraná, Palmeira e a Colônia Witmarsum, na região dos Campos Gerais, receberam, neste sábado (10), um grupo de empresários, produtores e representantes de instituições para conhecer alguns dos produtos paranaenses com Indicação Geográfica (IG). As visitas fizeram parte da programação do V Evento Internacional de Indicação Geográfica (IG) e Marcas Coletivas – Origens Brasileiras, que aconteceu na última semana, em Curitiba.
Em Antonina, no litoral do Paraná, a visita foi na sede da Bananina, empresa fundada em 1973, e que produz balas de banana desde 1986. Além do potencial de atrair turistas, a cidade é reconhecida pelas balas de banana, produto que obteve o registro de IG em dezembro de 2020. Em Morretes, o grupo consumiu o Barreado, reconhecido recentemente como a centésima IG brasileira e a 12ª do Paraná, e a Cachaça do litoral, que está em processo de obtenção do registro.
Para Priscila de Jesus Silva, articuladora da rede IG Copioba, na Bahia, que está busca do registro de IG, a experiência permitiu presenciar a realidade territorial com relação aos produtos que possuem IG, o processo organizacional e a conexão entre os diversos grupos de empresários.
“Fica muito claro como a IG se torna referência na região, isso transparece no reconhecimento dos moradores que falam com propriedade do tema. Além de consumir os produtos com indicação, o turista entra no clima e na história da cidade”, cita.
Campos Gerais
Na região dos Campos Gerais, o grupo foi recebido pela empresária e chef Rosane Radecki, proprietária de um restaurante, em Palmeira, que serve pratos com produtos locais e que valorizam a região, entre eles o Pão no Bafo, prato típico e patrimônio cultural e material da cidade; porco na lata, que é feito com carne suína na banha, com a utilização de uma técnica antiga de conservação de alimentos; e o pirogue, prato de origem polonesa, entre outros.
No espaço, a empresária também comercializa diversos produtos com IG do estado, como a Bala de Banana de Antonina, o Queijo de Witmarsum, o Melado de Capanema, entre outros.
“Criei um espaço porque me identifico com produtos que remetem a determinada região. Acho importante valorizar a cultura e a história e acredito que o interesse das pessoas tem aumentado também”, comenta a empresária.
Para o grupo, ela serviu o Pão no Bafo e criou uma sobremesa, o pastel doce, feito com o Queijo Colonial de Witmarsum e o Melado de Capanema, ambos com registro de IG, e o trigo de origem da Moageira Irati. Na Colônia Witmarsum, os visitantes conheceram sobre a fundação da Cooperativa Witmarsum e degustaram o Queijo Colonial que tem o registro de IG.
Para o produtor de queijo, José Ricardo Ozólio, que atua como presidente da Associação Mineira de Produtores de Queijos Artesanais (Amiqueijo), a experiência foi positiva e permite levar algumas iniciativas para a Região do Serro, em Minas Gerais, que foi a primeira a conquistar o registro de IG do queijo.
“Devemos mirar nossa atuação em exemplos, como vimos em Palmeira e na Colônia Witmarsum. A empresária Rosane dá espaço para diversos produtos com IG do estado, não somente os locais, e a cooperativa atua muito unida”, pontua.
A coordenadora de Agronegócios do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, comenta que os destinos visitados são exemplos de como é possível trabalhar em cima de uma IG, tanto na questão do espaço, da marca e da gastronomia.
“O intuito foi oferecer uma experiência presencial e que pudesse servir de exemplo para outras regiões brasileiras. A iniciativa é importante para evidenciar os benefícios da IG na economia local”, frisa.
Produtos com IG
O Paraná possui 12 produtos com o registro de IG: a Bala de Banana de Antonina, o Melado de Capanema, a Goiaba de Carlópolis, o Queijo de Witmarsum, as Uvas de Marialva, o Café do Norte Pioneiro, o Mel do Oeste, o Mel de Ortigueira, a Erva-Mate do Sul do Paraná, o Morango do Norte Pioneiro, os Vinhos de Bituruna e o Barreado do litoral do Paraná. No Brasil são 100 IGs – 76 são Indicações de Procedência, onde a região é conhecida por seu produto ou serviço, e 24 são Denominação de Origem, quando o produto ou serviço possui características e qualidades decorrentes de fatores naturais e humanos.
Realização
O V Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas – Origens Brasileiras é promovido pelo Sebrae, INPI, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Organização Mundial da Propriedade Industrial (Ompi) e a Associação Brasileira das Indicações Geográficas (Abrig), e conta com o apoio do Ministério da Economia, da Prefeitura de Curitiba, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, da Embaixada da França e do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).
Fonte: SEBRAE
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