Após um período difícil na economia mundial, causada pelos impactos da pandemia de Covid-19, o Brasil, vem se recuperando e retomando o crescimento. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% no terceiro trimestre deste ano, frente ao trimestre anterior. Este é o quinto semestre consecutivo de alta na atividade econômica no país, o maior patamar da série histórica iniciada em 1996.
Um dos agentes responsáveis por essa alta tem sido a atuação dos MEI ‘s. Segundo dados do Ministério da Economia, existem no Brasil mais de 13 milhões de microempreendedores individuais, que juntos representam 70% das empresas em atividade no país e somam 20% do PIB brasileiro.
Ao todo, estes profissionais injetam cerca de R$ 11 bilhões por mês na economia brasileira, o que totaliza cerca de R$ 141 bilhões por ano, conforme a estimativa do Atlas dos Pequenos Negócios, lançado recentemente pelo Sebrae. Com a desburocratização da regulamentação desses prestadores de serviço, a tendência é que o subsídio desses profissionais na economia aumente cada vez mais, como em outros países em que a contribuição no PIB pode chegar a 50%.
Para se ter uma ideia, o MEI é a única fonte de renda de mais de 1 milhão de famílias, ou seja, cerca de 5,4 milhões de pessoas no país dependem disso, segundo o Sebrae. Números que comprovam a importância desses profissionais para a expansão econômica.
Essa crescente representa não só a busca pelo sonho de ter sua própria empresa, mas indicam também a necessidade em repor o lucro que foi perdido, causado pela covid-19. Dessa maneira, podemos afirmar que muitos encontraram nesse momento uma oportunidade de garantir uma remuneração extra ao comercializar produto ou serviço. E, por conta disso, algumas pessoas puderam deixar seu emprego e seguir com a construção do seu negócio. Já outros empreenderam por necessidade, porém no final se depararam com um mercado promissor. O setor de eventos, por exemplo, que sofreu grandes perdas durante a pandemia, retomou o crescimento com a volta 100% da agenda corporativa, segundo a Associação Brasileira de Eventos Corporativos (Abrape).
Isso significa que a busca por mão de obra tem sido cada vez maior. Dados da entidade apontam também que o setor já utiliza os serviços de mais de 2 milhões de microempreendedores individuais que atuam desde a prestação de serviços como buffets, segurança e logística até a venda de produtos, como brindes personalizados.
Mas para que a atuação desses profissionais cresça de forma justa e continue impulsionando a economia é importante que as relações de compra e venda com os MEI´s ocorra de maneira comercial, ou seja, ele deve ter liberdade para precificar e descrever o seu serviço ou produto, por meio de uma proposta comercial. Assim, é possível garantir um crescimento sustentável para o setor.
Além disso, é importante também que haja um esforço conjunto de sociedade, governo e empreendedores. A atuação do Sebrae, por exemplo, tem sido de extrema importância para auxiliá-los com a precificação de seus serviços, gestão financeira, controle de fluxo de caixa e capacitação. Quando o mesmo consegue dominar essas etapas de comercialização, as taxas de crescimento são maiores.
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Com isso, concluo que eles são peça fundamental para o avanço da economia com atuação significativa no comércio, prestação de serviços e indústria. Mas, além disso, é importante que as empresas de uma forma geral enxerguem essas companhias como bons fornecedores e prestadores de serviço. Para que assim, eles possam ter a oportunidade de expandir os seus negócios e o número de clientes atendidos.
Por Camila Florentino, CEO da Celebrar, plataforma que conecta grandes companhias e multinacionais a micro e pequenas empresas fornecedoras de serviços para eventos.
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Fonte: Jornal Contábil
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