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As relações de trabalho estão cada vez mais norteadas por um conceito central: a flexibilidade. Seja de horário, dias no escritório ou em casa, formatos de operação e modelos de avaliação profissional.

O futuro do trabalho pode balancear melhor os interesses dos colaboradores e dos empregadores. Será que a balança vai ficar menos desigual? 

A fim de entender melhor as expectativas dos profissionais brasileiros, o estudo ‘Preferências do local de trabalho’ foi realizado de 29 de outubro a 7 de novembro de 2021, por e-mail, e atualizado em 2022. 

Contando com a participação de 11.601 candidatos, a pesquisa realizada pelo Vagas.com para software de R&S Vagas For Business tem como objetivo da pesquisa foi entender as preferências dos candidatos pelos modelos de trabalho disponíveis e os motivos pelos quais mais gostam desses formatos

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O que pensam os profissionais brasileiros?

A pesquisa trouxe elementos interessantes e que permitem um entendimento melhor do atual cenário do mercado de trabalho, apontando ainda futuras tendências para os próximos períodos.

65,4% dos brasileiros que responderam à pesquisa, indicaram preferência por modelos de trabalho mais flexíveis. Aqueles como o híbrido, com ida ao escritório algumas vezes na semana e 100% home office.

Entre híbrido e home office, o modelo que mescla práticas remotas e presenciais ganhou o coração dos profissionais brasileiros e é o preferido no ranking de opções, escolhido por 43% das pessoas já empregadas. 

O home office vem logo em seguida, preferido por 30% dos profissionais já empregados. 

Já para quem está procurando emprego, há uma mudança sutil na ordem de escolhas. O modelo híbrido continua como preferido (41% das escolhas), mas o modelo presencial passa a aparecer em segundo lugar, preferido por 34% dos respondentes que estão buscando emprego.

Independente do momento profissional, as motivações para cada modelo são semelhantes.

Quem prefere o modelo híbrido leva em consideração:

  • não precisar dirigir ao trabalho todos os dias (14%);
  • flexibilidade entre trabalho e outras atividades cotidianas (16%);
  • poder construir relacionamentos presenciais (30%).

As motivações para quem prefere o modelo 100% home office se resumem em:

  • trabalhar para qualquer empresa, independente da localização (27%);
  • mais tempo para cuidar das relações familiares (12%);
  • dividir o tempo de trabalho com atividades domésticas (10%).

Brasil reage à tendência internacional

As expectativas de profissionais empregados ou que buscam emprego demonstram uma reação às novidades internacionais dos modelos de trabalho.

Globalmente, o trabalho híbrido impulsionou a produtividade pessoal e também alavancou o crescimento econômico, segundo o International Workplace Group.

O crescimento econômico das empresas está atrelado ao fato de que os profissionais podem ser mais eficientes ao escolher como e onde irão trabalhar melhor, definindo horários e alinhando os ritmos para entregas.

Segundo o IWG, há ainda um forte interesse por parte dos empregadores pelo modelo por ele ser mais econômico em comparação ao formato tradicional (presencial). Há uma economia média de $11,000 dólares por colaborador em que atua em formato híbrido, em um ano.

Ao multiplicar o valor para a dimensão de toda a companhia, os números são surpreendentes e atrativos para empregadores e colaboradores ao redor do mundo, cada território com suas próprias adaptações.

A tendência global é de que cada vez mais empresas adotem o sistema híbrido de trabalho. Pelo menos 70% das empresas dos Estados Unidos e da Europa planejam a instauração completa do modelo que preza pela flexibilidade e economia de recursos, ainda segundo a IWG.

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O que significa criar um ambiente de trabalho flexível?

Para ilustrar o que é um ambiente de trabalho flexível, o caso da multinacional farmacêutica Bayer é bastante interessante. A companhia implementou um modelo personalizado de trabalho flexível, o BayFlex.

O modelo está em operação desde março de 2022 e permite que os horários e locais de trabalho sejam mais negociáveis entre gestores e colaboradores.

Além disso, há a possibilidade de que a ida ao escritório seja feita apenas uma vez por mês e todos os funcionários aplicáveis ao programa (100% da área administrativa e 60% do restante da mão de obra) recebem auxílio escritório para compra de equipamentos (monitor, cadeira ergonômica, mesa, etc.)

Em pesquisa, os colaboradores afirmam estarem satisfeitos com a modalidade, e enfatizam o ganho de qualidade de vida.

E quem prefere o modelo 100% presencial?

A preferência pelo presencial, nesse caso, pode indicar uma necessidade de maior adaptação para o perfil que está buscando emprego. Ainda que os modelos híbridos e home office possam indicar flexibilidade, eles exigem disciplina e comprometimento dos adeptos, sem perder a produtividade.

Nem todos os profissionais têm esse perfil de trabalho e isso precisa ser considerado pelos recrutadores ao determinar qual o melhor modelo de acordo com os tipos de vaga.

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Economia de tempo e dinheiro

Se tempo é dinheiro, o que acontece quando os dois são economizados? Os ganhos também são dobrados?

A relação não é tão simples assim, mas a flexibilidade pode ser uma saída para empresas que desejam construir uma relação diferenciada com os funcionários.

Os times são formados por pessoas diferentes e mesmo quando alinhadas sob uma mesma cultura corporativa, não é fácil corresponder às diferentes expectativas. 

Mas em meio a diferentes obstáculos, no fim do mês as empresas podem avaliar ganhos significativos em economia de recursos.

Economia em contas de manutenção, até de aluguel de escritório (já que algumas organizações podem optar por financiar espaços de coworking que são mais integrados). Além da diminuição em gastos com internet e eletricidade do espaço.

Outro ponto interessante é que as economias podem se reverter em benefícios para os colaboradores, seja via auxílio escritório ou em cartões de benefícios, o que cria um ambiente com funcionários mais engajados e bem dispostos com a cultura da corporação.

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Fonte: Jornal Contábil
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