Nas noites de terça-feira, a Globo está exibindo a série nacional “Onde Está o Meu Coração”. A trama é estrelada por Letícia Colin que vive uma médica bem-sucedida que acaba sendo vencida pela dependência química.

Para satisfazer ao seu vício ela procura um local onde só quem é rico pode ter acesso a drogas. A moça acaba se rendendo ao crack. A história mostra os motivos que levam a personagem Amanda (Letícia Colin) ao mundo do vício.

A pressão da realidade do hospital público em que trabalha e as expectativas da família geram uma angústia grande demais na jovem. Amanda quer ser boa médica – como o pai -, boa filha, boa esposa e boa irmã. A moça se cobra a um nível de excelência altíssimo, levando a uma insatisfação que só a droga poderia apaziguar.

Apesar de tentar lutar contra a droga, ela é vencida pelo desejo cada vez maior em consumir, levando-a a frequentar “cracolândias privês”, locais onde gente de dinheiro se reúne para usar crack em segurança.

Série original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, é fruto do trabalho em conjunto dos autores George Moura e Sergio Goldenberg, com direção artística de Luísa Lima e supervisão artística de José Luiz Villamarim. É um drama forte e impactante sobre os lados obscuros da alma humana.

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Para quem ainda não viu

Para as pessoas que não viram a série no Globoplay tem uma chance de assistir a trama pela TV Globo. São dez episódios emocionantes que vão fazer você pensar muito sobre como é sofrido ser dependente químico.

Outro personagem forte é vivido pelo o ator Fábio Assunção, ele é o médico David Meirelles, pai da médica residente, de classe média alta, Amanda (Letícia Colin). Ela luta contra o vício em drogas, frequenta cracolândias e a família faz de tudo para salvá-la.

O ator conhece muito bem esse mundo pois já enfrentou a dependência química, por isso, trabalhou muito a questão do personagem, de querer resolver o problema da filha na série:

“Fazer um pai de uma dependente química me fez poder ver de fora, bem interessante. Ali é o trabalho de ator, acima de tudo, um trabalho. Esse trabalho tinha um assunto mais próximo, mas também não era, estava em outra posição dessa associação. Trabalhei menos a questão da dependência química e mais como as pessoas veem esse assunto. Eu como pai vendo isso na filha. Vi de um outro ponto de vista, sou diverso. Tenho três filhos.”

“Discutir esse tema para mim é muito importante, pessoalmente. Eu me colocar em cena e falar sobre isso de forma artística é muito melhor do que ter de postar algo em uma rede social. Falar através da arte é um caminho melhor, você coloca em cena a sua leitura sobre o tema, sem precisar levantar bandeira ou defender tese.”

Para dar mais realidade ao seu papel, a atriz Letícia Colin conviveu com usuários de crack.  Ela visitou uma clínica de tratamento, reuniões dos Narcóticos Anônimos, centros de psicologia e a região da Cracolândia. A partir dessa experiência, Letícia começou a ter uma nova visão sobre a dependência química. 

Letícia Colin foi indicada ao Emmy Internacional como Melhor Atriz pela interpretação da dependente química Amanda. 

A trama é escrita por George Moura e Sérgio Goldenberg, os mesmos de produções que fizeram sucesso na Globo, Amores Roubados (2014) e Onde Nascem os Fortes (2018).

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Fonte: Jornal Contábil
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