Novo Bolsa Família oferece 3 tipos adicionais aos beneficiários 

Como vem sendo divulgado, no último dia 2 de março, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória que estabeleceu a criação do novo Bolsa Família. Com o ato, o principal programa de transferência de renda do país, retoma com os antigos parâmetros, instituídos pelo antigo governo petista dos anos 2000.  

Ainda sim, o programa vem com uma nova faceta, à medida que estipula o pagamento de novos adicionais, e mantém o valor fixado de R$ 600 repassados no último semestre de 2021, por meio do Auxílio Brasil. Além disso, o novo Bolsa Família, volta a exigir determinadas condicionalidades que irão garantir a permanência dos beneficiários na folha de pagamentos do programa. 

Entenda de maneira explicativa e simplificada como funcionam os novos moldes do Bolsa Família estabelecidos para vigorar em 2023. 

Valor do benefício e adicionais  

O programa em 2023, conta com o valor mínimo fixado em R$ 600, ou seja, toda família amparada pelo benefício, recebe, ao menos, essa quantia todo mês. No entanto, o valor mensal ainda pode subir, a depender do número de integrantes e dos novos adicionais estipulados pela medida provisória. 

Conforme o portal de notícias do PT, em primeiro lugar, o beneficiário deve estar ciente do número de integrantes que sua família possui, pois, este fator interfere diretamente no valor repassado. Em suma, cada pessoa tem dreito de receber no mínimo R$ 142,00, portanto, uma família de 5 integrantes, por exemplo, recebe mais que a cota mínima de R$ 600, garantindo um pagamento de R$ 710,00 para que esta regra seja devidamente atendida. 

Outro ponto de importância, em relação ao valor mensal, são os adicionais pretendidos pelo governo Lula, desde a campanha presidencial do último ano. Os valores acrescido é concedido a famílias integradas por gestantes e menores de idade, nos seguintes moldes: 

  • Adicional de R$ 150,00: pago para cada criança de até 6 anos que integrar a família beneficiária – válido a partir deste mês de março; 
  • Adicional de R$ 50,00: pago para cada integrante com idade entre 7 e 18 anos – válido a partir de junho;
  • Adicional de R$ 50,00: pago para cada gestante que integrar a família beneficiária – válido a partir de junho. 

Quais são os critérios para receber o Bolsa Família?

Como bem se sabe, é preciso cumprir com determinados requisitos para poder integrar a folha de pagamento do Bolsa Família. O primeiro ponto a ser levado em consideração, é a inscrição no Cadastro Único (Cadúnico) para programas sociais. 

Em resumo, a inscrição deve ser feita nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) presentes no município. Mediante a inclusão no sistema, torna-se possível que o grupo familiar seja integrado ao contingente de beneficiários do programa. 

Contudo, é de se imaginar que o cadastro não será o único requisito exigido. Podemos dizer que o principal critério de concessão do benefício está direcionado a condição financeira do grupo familiar. De maneira geral, existe um limite de renda que deve ser respeitado ao analisar se uma família está elegível ou não para o programa. 

Por norma, possuem direito ao Bolsa Família todos que possuírem uma renda familiar per capita (por pessoa) de no máximo R$ 218.  Para facilitar a compreensão, basta pensar que o cálculo de renda limite considera o número de integrantes que compõe a família, veja um exemplo: 

Vamos supor que Joana possui um emprego informal, em que ela ganha R$ 900, ao mês. Considerando que Joana tem 3 menores para cuidar e 1 filho adolescene que não trabalha, esses R$ 900 representam a única renda da família. Neste caso, a renda per capita será de R$ 180 (R$ 900 dividido pelos 5 integrantes, incluindo Joana), cifra que está abaixo do limite de R$ 218. 

Condicionalidades para não perder os pagamentos mensais?

Em 2023, retornam as condicionalidades voltadas à manutenção das famílias na folha de pagamento do programa. Em suma, todos os beneficiários devem cumprir com certos compromissos junto às áreas da saúde e educação. Confira: 

  • Manter a carteira de vacinação devidamente atualizada; 
  • Acompanhar a condição nutricional de crianças menores de 7 anos; 
  • Realizar o devido acompanhamento do pré-natal, no caso de gestantes; 
  • Respeitar a frequência escolar mínima de 60% (no caso de crianças de 4 a 5 anos) e  75% para integrantes de 6 a 18 anos incompletos que não  concluíram a educação básica.

Nota! Ainda permanece sendo de suma importância manter o cadastro do Cadúnico devidamente atualizado. A atualização deve ser feita a cada dois anos, ou quando houver alguma alteração nos dados informados (renda, número de integrantes, telefone, mudança de escola, entre outros).

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Fonte: Jornal Contábil
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