Plano de Contas Contábil: Saiba o que é e como fazer!

Um plano de contas contábil é uma das ferramentas de maior importância para uma gestão financeira e contábil efetiva para uma empresa.

Com o plano, é estabelecida uma estrutura da organização para registrar e classificar os eventos econômicos e financeiros da empresa, e permite um maior controle e análise das transações realizadas.

O que é o plano de contas?

Um plano de contas contábil é o conjunto de critérios pré-estabelecidos e códigos usados na organização das informações financeiras e contábeis de uma empresa de maneira padronizada.

Ele é basicamente uma lista organizada das contas contábeis que representam as variações nas categorias de transações e saldos.

As contas são identificadas por um sistema único de codificação, e isso permite um registro adequado nas operações e simplifica a geração dos relatórios financeiros.

Como é a estruturação de um plano de contas contábil?

A estrutura de um plano de contas contábil pode variar conforme as necessidades e características de cada empresa, mas como dissemos, é normalmente estruturado por níveis de hierarquia. Sendo os mais comuns:

1. Nível de contas patrimoniais

Ativo: dividido em circulante e não circulante.

Passivo: subdividido em exigível a curto prazo e exigível a longo prazo.

Patrimônio Líquido: compreende o capital social, reservas e lucros ou prejuízos acumulados

2. Nível de Contas de Resultado

Receitas: são as entradas de recursos vindas das atividades da empresa.

Despesas: referem-se aos gastos envolvidos nas retiradas das receitas.

Custos: diz respeito a gastos relacionados à produção de bens ou serviços.

3. Nível de Contas Analíticas

Refere-se a contas específicas de cada empresa, com relação às suas atividades e necessidades individuais.

Exemplos de plano de contas

Agora, apresentaremos alguns exemplos de plano de contas contábil, para cada nível de hierarquia. Sendo eles:

Nível de Contas Patrimoniais

Ativo

1.1.1.01 – Caixa

1.1.1.02 – Bancos Conta Movimento

Passivo

2.1.1.01 – Fornecedores

2.1.1.02 – Empréstimos a Pagar

Patrimônio Líquido

3.1.1.01 – Capital Social

3.1.1.02 – Reservas de Lucros

Nível de Contas de Resultado

Receitas

4.1.1.01 – Vendas de Produtos

4.1.1.02 – Receitas Financeiras

Despesas

5.1.1.01 – Salários e Encargos Sociais

5.1.1.02 – Aluguel e Despesas de Escritório

Custos

6.1.1.01 – Matéria-Prima

6.1.1.02 – Mão de Obra Direta

6.1.1.03 – Custos Indiretos de Fabricação

Nível de Contas Analíticas

7.1.1.01 – Despesas com Marketing

7.1.1.02 – Receitas de Exportação

7.1.1.03 – Contas a Receber de Clientes

Ressaltamos que os exemplos são apenas uma ilustração, ou “esqueleto” de como deve ser feito, porém, cada empresa tem liberdade para adaptação do plano, conforme suas necessidades.

Exemplos disso são: uma empresa de serviços pode ter contas específicas para comissões de venda, enquanto uma de manufatura pode necessitar uma conta específica para controle de estoque.

Benefícios de um Plano de Contas Contábil

Se o plano de contas contábil for adequado, são vários os benefícios, principalmente para a gestão financeira do negócio. Podemos citar os seguintes benefícios:

Padronização
Controle
Geração de Relatórios
Análise Financeira

Quais são os 4 grupos que compõem o plano de contas?

Usualmente, um plano de contas contábil se divide em 4 grupos principais, são eles:

1. Ativo

O grupo do ativo se refere às contas que representam os bens, direitos e recursos controlados pela empresa. Se divide em Ativo Circulante, das contas de curto prazo, e Ativo Não Circulante, a qual são as contas de longo prazo.

Exemplos:

Bancos
Investimentos
Contas a receber
Estoques
Caixa

2. Passivo

O grupo do Passivo é formado por contas de obrigações e compromissos financeiros da empresa. Também dividido em Passivo Circulante, sendo as contas de curto prazo, e Passivo Não Circulante, que engloba as contas de longo prazo.

São exemplos:

Empréstimos a pagar
Fornecedores
Impostos a pagar
Salários e encargos sociais a pagar

3. Patrimônio Líquido

Já o grupo do Patrimônio Líquido diz respeito aos próprios recursos da empresa. Ou seja, o capital investido por sócios ou acionistas, e também lucros ou prejuízos acumulados ao longo do tempo.

Exemplos:

Capital Social
Reservas de lucros
Lucros ou prejuízos acumulados

4. Receitas e Despesas

O grupo de receitas e despesas inclui todas as contas de receitas e despesas que constituem entradas e saídas de recursos financeiras vindas de suas atividades operacionais.

São exemplos:

Receitas financeiras
Vendas
Despesas administrativas
Despesas com salários e encargos

Considerações finais

Podemos afirmar que um plano de contas contábil é uma ferramenta essencial no controle e organização de informações financeiras de uma empresa.

Se for feito com uma estrutura adequada, e considerar todos os níveis hierárquicos e suas individualidades, pode se tornar um padrão, oferecendo maior controle financeiro e uma análise mais apurada.

Reforçando que cada empresa pode e até deve adaptar seu plano de contas conforme as necessidades específicas, e garantir assim uma gestão contábil eficaz e confiável.

Ficou com dúvidas ou precisa de assessoria contábil? Fale com um de nossos especialistas!

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Fonte: Jornal Contábil
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