Para investir no mercado financeiro com riscos reduzidos de perdas monetárias é necessário desenvolver aptidões que garantam níveis satisfatórios de conhecimento e planejamento. Esses dois atributos são fundamentais durante a condução do dinheiro aplicado e expansão patrimonial.
Entre os especialistas da área, existe a convicção de que a diversificação dos investimentos tem sido a alternativa mais adequada para garantir uma rentabilidade com segurança. No entanto, as escolhas referentes ao direcionamento do capital precisam ser avaliadas com cuidado estratégico, visto que “diversificar por diversificar” não gera resultados promissores.
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Princípios da diversificação
O vencedor do Prêmio Nobel de Economia, Harry Markowitz, foi o criador da estratégia de diversificação. A ação, também conhecida como Teoria Moderna do Portfólio, consiste em diluir os riscos variando as opções e classes de ativos e, sempre que possível, estar presente em mercados internacionais, a fim de fugir dos perigos da exposição geográfica.
Outra característica da Teoria de Markowitz corresponde à análise, em conjunto, dos riscos e retornos envolvendo os investimentos da carteira. Espera-se que se alcance um equilíbrio, orientado pela própria volatilidade do mercado, pois é a maneira mais eficiente de não ceder à tentação do amadorismo e, consequentemente, ter que lidar com prejuízos.
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Com base nas orientações do economista que criou o método, o cálculo dos riscos deve considerar coletivamente a análise dos títulos e das carteiras antes da seleção do portfólio. Por isso, se reforça a urgência em conhecer o funcionamento e oscilações do mercado financeiro, bem como o clássico mecanismo 60-40, que pressupõe divisão de 60% dos recursos em renda variável e 40% em renda fixa.
Redução de riscos
Quando se fala em mercado de ações, inexiste a possibilidade de blindagem total das ameaças aos recursos. Até porque, se arriscar faz parte da natureza do negócio. A grande questão é, como mencionado anteriormente, equilibrar risco e retorno. Para diminuir a exposição e aumentar as chances de ganhos financeiros deve-se percorrer essa jornada:
Autoconhecimento: objetivos, frequência de investimento, disponibilidade e capacidade de acompanhar as oscilações e movimentações dos ativos são pontos cruciais para se entender como é possível construir uma carteira diversificada, compatível com o investidor.
Ativos: conforme avaliação do perfil, é recomendado distribuir o capital em classes de ativos diversas. Pode-se, por exemplo, aplicar em renda fixa, pré ou pós-fixados, fundos de investimento ou fazer um movimento inteligente, como investir no exterior, e partir para o mercado internacional.
Gestão: após selecionar diferentes classes e opções de ativos, o investidor precisa acompanhar os rendimentos e a movimentação do mercado para capitalizar retornos ou até mesmo aplicar o dinheiro quando houver condições vantajosas.
Apesar da diversificação da carteira envolver certo nível de complexidade, é uma alternativa disponível para investidores em quaisquer níveis de experiência e atuação no segmento. Porém, é fato que funciona como uma solução valorosa sobretudo para quem dispõe de capital limitado ou posicionamento conservador. A procura por investimentos no exterior, seja em ativo direto, BDRs (Brazilian Depositary Receipts) ou ETFs (Exchange-traded fund), inclusive, serve como alternativa de romper com a dependência da economia de um único país. Afinal, como é de se esperar, as crises econômicas nacionais potencializam os prejuízos no mercado de ações.
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Fonte: Jornal Contábil
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