Nos tempos voláteis e incertos em que vivemos, o empreendedorismo resiliente tem emergido como uma poderosa resposta aos desafios enfrentados por empreendedores ao redor do mundo. Essa mentalidade de resiliência tem se mostrado fundamental para a sobrevivência e o sucesso dos negócios, permitindo que eles se adaptem às circunstâncias adversas e encontrem novas maneiras de prosperar. Ao longo dos últimos anos, empreendedores têm enfrentado uma série de obstáculos, desde crises econômicas até mudanças rápidas no mercado e avanços tecnológicos disruptivos. Falando do mercado de startups brasileiras, dados da plataforma de análise Distrito mostram uma queda de 86% de investimentos no setor em 2023, comparado com o primeiro trimestre de 2022.

Para Lucas Dornellas, fundador da Strax e especialista em Startups e Fintechs, a resiliência é uma skill fundamental para todos os tipos de negócios e profissionais, entretanto, quando falamos de negócios com menos estabilidade, que estão no começo, como Startups e Fintechs, isso é uma necessidade redobrada: “Ser resiliente é muito mais do que persistir, é se permitir mudar, transformar diante dos desafios e obstáculos. É saber a hora de mudar a rota, reconhecer os erros para assim ser possível continuar buscando o resultado esperado. Negócios sempre terão esses momentos, mas quando falamos de uma empresa nova, com um formato mais inovador como startups, é ainda mais necessário saber fazer isso. Ser resiliente.”

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A resiliência empreendedora também tem sido um catalisador para a inovação. Em vez de se renderem diante dos desafios, empreendedores resilientes têm se destacado pela sua habilidade em identificar soluções criativas para problemas emergentes. Essa capacidade de pensamento inovador tem gerado um impacto positivo em diversos setores da economia, impulsionando o desenvolvimento de startups e empresas que se dedicam a enfrentar desafios sociais e ambientais urgentes.

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“A inovação é uma ferramenta fundamental como falamos de resiliência e não só no sentido tecnológico, mas também no sentido de inovar formatos, processos e posicionamentos.” –  Completa Lucas.

A pesquisa “The Top 12 Reasons Why Startups Fail” da CB Insights (2021) mostrou que apenas 10% das startups abertas sobrevivem. E 70% encerra as atividades entre dois e cinco anos de existência. Isso acontece por diversas razões, mas principalmente por falência ou falta de investimento. Conseguir um capital aplicado em uma startup não é um processo simples e após a pandemia está mais demorado, podendo levar quase um ano, por isso, saber avaliar o cenário e entender os obstáculos é fundamental. 

“Só conseguir captar investimento não faz uma startup ter garantia de sucesso, o caminho é muito maior do que isso, obviamente. Empreender requer diferentes skills, inclusive saber mudar a rota, reconhecer erros e aproveitar novas oportunidades.” finaliza Dornellas. 

Com isso, pensando no momento atual, pós pandemia, com um cenário econômico em busca de estabilidade, desenvolver essa habilidade de ser resiliente é fundamental para que o negócio sobreviva às adversidades, que podem ir muito além do financeiro, precisando estar presente na gestão de pessoas, na construção de relacionamentos e na forma de venda do produto ou serviço. 

Por Lucas Dornellas, formado em Design Gráfico e trabalhou em Publicidade, tocando contas de marcas como Netshoes e Editora Globo.

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Fonte: Jornal Contábil
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