Com o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, o home office passou de ser uma tendência do futuro para virar uma realidade, sendo adotado por grande parte dos profissionais e corporações como estratégia para garantir a segurança sanitária. Com o fim da pandemia, o modelo remoto seguiu em boa parte das empresas, seja de forma híbrida ou 100% online.
Segundo levantamento recente da Catho, as vagas de trabalho para o modelo home office cresceram 496% em 2022, em comparação ao primeiro semestre de 2021. Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 372 mil novas vagas foram abertas para trabalhar de forma remota nos primeiros seis meses de 2022.
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Com o surgimento de um novo jeito de trabalhar, muita gente conseguiu organizar melhor o tempo, ter mais qualidade de vida e conciliar melhor as atividades profissionais e pessoais. No entanto, agora no pós-pandemia, empresas e trabalhadores passaram a ver que o home office também proporciona desafios, e que nem tudo “são flores” para quem trabalha de casa.
“Embora o home office tenha suas vantagens, é fundamental estar ciente dos prós e contras. Compreender as limitações do trabalho remoto nos permite ter plena noção de qual modo de trabalho é melhor para cada profissional e para cada empresa, de acordo com o perfil e setor de atuação”, comenta a especialista em coworking Bruna Lofego.
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Pensando nisso, Bruna listou desafios que o home office pode trazer:
Interrupções constantes
Por estar em casa, às vezes é difícil manter o foco, tanto por distrações do ambiente como também pelas notificações enviadas pela própria equipe, que está distante. Essas interrupções podem acabar acarretando em quebra de concentração e perda do foco, podendo fazer com que a produtividade seja afetada.
“Enquanto trabalhamos em casa, estamos sujeitos a uma infinidade de distrações que podem comprometer nossa produtividade e eficiência. Interrupções domésticas, como tarefas do lar, entregas de encomendas ou até mesmo ruídos de vizinhos podem interromper nosso fluxo de trabalho e desviar nossa atenção”, diz Bruna.
Distanciamento social
O distanciamento social é uma desvantagem do home office que não deve ser subestimada. Embora o trabalho remoto ofereça flexibilidade e conveniência, pode resultar em isolamento social, privando os profissionais de interações pessoais significativas.
“Muitos profissionais acabam sentindo falta das relações presenciais com colegas de profissão, e algumas vezes se ressentem de estarem fisicamente distantes da sua equipe. O trabalho em casa pode acabar sendo solitário”, avalia a especialista.
Possibilidade de carga horária excessiva
Com o local de trabalho no mesmo lugar em que a pessoa mora, aumenta o risco de misturar trabalho e descanso, e de haver dificuldade em se desligar das atividades profissionais, fazendo com que trabalhe mais do que se deve.
“Ao trabalhar de casa, a divisão entre o trabalho e a vida pessoal é mais difícil, e é mais fácil cair na armadilha de estender a jornada de trabalho além do necessário. Sem a estrutura do ambiente de escritório e o limite claro de horário de saída, muitos profissionais tendem a prolongar as horas de atividade, comprometendo seu tempo de descanso e lazer”, alerta Bruna.
Possíveis problemas de infraestrutura
Há pessoas que não possuem computadores “de ponta” e outros equipamentos em casa, e nem sempre a empresa permite que sejam levados para casa, o que pode atrapalhar nas atividades profissionais devido à falta de ferramentas. Além disso, a velocidade da internet também é importante para a realização das tarefas.
É importante ressaltar também a questão da ergonomia, que é uma disciplina que se preocupa em projetar e adaptar os ambientes de trabalho, produtos e sistemas às necessidades e características das pessoas que o utilizam. Seu objetivo é otimizar o desempenho humano, garantir a segurança, saúde e bem-estar dos indivíduos, além de melhorar a eficiência e produtividade.
A ergonomia busca criar condições de trabalho mais adequadas às pessoas, promovendo a saúde, segurança e conforto, além de contribuir para o aumento da qualidade de vida e eficiência no trabalho”, comenta a especialista.
Coworking desponta como alternativa
Levando em consideração todos esses problemas, uma solução que pode atender tanto as empresas quanto os trabalhadores é o coworking, que é um modelo de trabalho que envolve o compartilhamento de um espaço de trabalho por profissionais de diversas áreas, empresas ou projetos independentes. “Em um espaço de coworking, diversas pessoas trabalham juntas em um ambiente comum, compartilhando recursos como mesas, cadeiras, conexão à internet, salas de reunião e outras infraestruturas”, resume Bruna.
Os coworkings também se relacionam com a ergonomia, tendo em vista que a ergonomia orienta a disposição dos móveis, promovendo uma postura adequada, facilitando movimentos e evitando problemas relacionados à má postura. A iluminação natural e artificial também são consideradas, com a intenção de evitar o cansaço visual, além disso, aspectos como a temperatura, ventilação e o controle de ruídos são levados em conta para promover um ambiente saudável.
“A ergonomia adequada que o coworking proporciona contribui para o melhor conforto, a saúde e o desempenho dos profissionais que utilizam esses espaços compartilhados de trabalho”, finaliza Bruna.
Por Bruna Lofego, CEO & Founder da CWK Coworking e criadora do pioneiro método “Coworking de Sucesso“.
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Fonte: Jornal Contábil
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