O cenário para o início do ciclo de queda da Selic já está maduro o suficiente.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne na terça-feira, 1 de agosto para decidir sobre a taxa Selic. Conforme o Paraná Banco Investimentos, essa deverá ser a primeira vez que a taxa terá uma redução, passando para 13,50%.
Segundo Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos, o cenário para o início do ciclo de queda da Selic já está maduro o suficiente. As expectativas inflacionárias já estão ancoradas muito próximo ao centro da meta, segundo o boletim focus, o IPCA para 2025 e 2026 está projetado em 3,5%. Isto é muito importante porque o horizonte relevante para o Banco Central considera 18 meses a frente, e, na próxima reunião do COPOM, em agosto, o ano de 2025 já estará dentro deste intervalo, mesmo que em menor grau.
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Entretanto, o colegiado deve ter cautela ao iniciar o corte de juros, começando com 0,25p.p., ao invés de 0,50p.p. como o mercado deseja. Isso porque algumas leituras da inflação corrente ainda preocupam. Apesar do índice amplo da inflação, IPCA, estar em 3,16%, a média trimestral dos núcleos está em 5,55% e a inflação de serviços está em 6,21%.
Sendo assim, o ritmo de queda deve aumentar somente na reunião de setembro, onde acreditamos que deve acelerar para 0,50 p.p. e se manter nesse patamar até final deste ano, levando a Selic para 12,00%.
Sobre o IPCA, que teve a primeira deflação do ano em junho, Oliveira explica que deve fechar o ano próximo ao teto da meta, de 4,75%. Os preços dos alimentos e combustíveis, normalmente os mais voláteis, tem se comportado. Já a inflação de serviços, mesmo acelerando em junho, se mostrou pontual, puxada pelas passagens aéreas, dada as férias escolares de meio de ano.
Em relação ao câmbio, o dólar deve terminar o ano de 2023 em torno de R$ 4,95. O ciclo de alta nos juros americanos deve continuar em mais uma ou duas altas de 0,25p.p., isso faz com que a diferença de juros entre Brasil e EUA aumente e enfraqueça o real.
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Para os investidores, a renda fixa ainda é a melhor opção, sendo que os papéis pré-fixados são os mais recomendados quando temos um ciclo de queda nos juros. Quanto aos investimentos de longo prazo, os títulos indexados à inflação são uma opção interessante para garantir um ganho real.
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Fonte: Jornal Contábil
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