Seis equipes de jovens estudantes de cinco regiões do país foram vencedores do Desafio Universitário. A competição, promovida pelo Sebrae em parceria com a Brasil Júnior, incentiva alunos do Ensino Superior a exercitar competências empreendedoras e desenvolver projetos inovadores. Este ano, o mote da disputa foram as práticas ESG, que trabalham a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa. Os ganhadores foram anunciados em cerimônia on-line, divididos nas categorias MEJ (que pertencem ao Movimento Empresa Júnior) e acadêmicos do ensino superior.

Um dos times que levou o troféu para casa na categoria MEJ foi a “BioCap: sustentabilidade que agiliza”, cujos integrantes são do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Ponta Grossa. O projeto do grupo consiste em utilizar a borra de café para desenvolver um produto biodegradável do ramo alimentício. O montante recebido como prêmio – que distribuiu bolsas de incentivo de R$ 10 mil para cada equipe campeã – será utilizado para desenvolver o projeto apresentado no desafio.

Equipe da BioCap, de Ponta Grossa, que utilizou a borra de café para desenvolver um produto biodegradável do ramo alimentício. Foto: arquivo pessoal.

“Fazemos parte do Movimento Empresa Júnior, somos motivados pelo inconformismo e empreendedorismo. Com isso, abraçamos o desafio desde o início. Buscamos aplicar o que aprendemos com o nosso curso, encontrando soluções adequadas para problemas. Nossa motivação para participar foi enorme e mantivemos sempre a confiança”, relata a líder da equipe, Maria Eduarda Cardoso, de 23 anos. Entre os planos do grupo, está criar uma startup vinculada à incubadora da universidade.

A sustentabilidade também foi a abordagem escolhida pela RevFood, projeto que busca a maior conservação dos alimentos a partir de ingredientes da Amazônia. O líder da equipe da Universidade Federal do Pará, Jonas Cunha da Silva, de 26 anos, esclarece que a ideia é foi aproveitar o potencial bioativo de recursos da região amazônica para criar um líquido comestível e seguro – a partir de extratos de plantas, óleos essenciais e casca de frutas – que, ao ser aplicado sobre a superfície de frutas, cria uma barreira protetora.

A inovação é capaz de prolongar o tempo de prateleira de alimentos, protegendo contra contaminação, oxidação, aumentando rigidez e contendo a água dentro do fruto.

“O Desafio Universitário foi uma forma de validar e aprimorar nosso projeto, na construção de médio e longo prazo, por meio de mentorias e palestras. Também enxergamos a oportunidade de conseguir apoio financeiro para transformarmos esse protótipo em um produto real”, conta Jonas.

O time da RevFood, do Pará, também apostou na sustentabilidade como viés para desenvolver um produto que busca a maior conservação dos alimentos a partir de ingredientes da Amazônia. Foto: arquivo pessoal.

Durante a jornada totalmente on-line do Desafio Universitário, os competidores participaram de mentorias, meet ups, oficinas e apresentação de projetos das ideias desenvolvidas. “Aprendemos muito sobre como sintetizar o projeto por meio de ferramentas visuais e práticas como o canvas”, segue Jonas, “mas também vimos a importância de ter uma equipe diversificada. Até então, nosso projeto tinha apenas pessoas da área da bioengenharia. Depois que convidamos amigos de outras áreas para contribuir e dar uma cara de negócio ao projeto, melhoramos a comunicação e forma de apresentar a ideia”.

Continuidade e desenvolvimento

A edição deste ano contou com mais de 300 projetos inscritos. Durante a cerimônia de premiação, a gerente de Educação Empreendedora do Sebrae, Edleide Alves, incentivou que todos os participantes, mesmo aqueles que não foram finalistas, prossigam com os projetos iniciados durante a disputa. “O desenvolvimento de competências acontece ao longo da vida e temos que dar continuidade ao que foi iniciado. Empreender é resiliência. É importante continuar desenvolvendo as competências empreendedoras”, argumentou.

Já o presidente da Brasil Júnior, Pedro Casé, parabenizou os concorrentes e destacou o trabalho desenvolvido pela instituição após os oito meses competição.

Gostaria de destacar a importância desse desafio para todos os jovens universitários e para a Brasil Júnior. É um enorme prazer ter feito esse primeiro projeto com o Sebrae e trazer essa conexão da marca Sebrae com a juventude empreendedora, que é de fato a grande missão da nossa organização.

O Desafio Universitário é uma das ações inseridas no Programa Nacional de Educação Empreendedora do Sebrae, que completa 10 anos em 2023. Neste período, já foram capacitados mais de 758 mil professores e 12,4 milhões de atendimentos a estudantes foram realizados em todo o país por meio de diversas iniciativas. O objetivo é desenvolver o potencial das pessoas para se tornarem protagonistas da transformação das realidades colocando em prática suas competências empreendedoras e socioemocionais.

Confira a lista com as 6 equipes vencedoras do Desafio Universitário:

Categoria MEJ:

  • BioCap / Universidade Federal Tecnológica do Paraná (PR)
  • Governança para povos indígenas do Cariri Estado / Universidade Federal do Cariri (CE)
  • Inclusão e sustentabilidade: nanocelulose para gerar acessibilidade / Universidade Federal do Espírito Santo (ES)

Categoria Acadêmicos:

  • RevFood: maior conservação dos alimentos a partir de ingredientes da Amazônia / Universidade Federal do Pará (PA)
  • Banco de talentos: conectando pessoas universitárias socioeconomicamente vulneráveis a empresas de impacto / Universidade de São Paulo (SP)
  • ONG “Faça uma criança sonhar”: independência financeira de mulheres grávidas a partir da produção de EcoBags de sacolas de plástico / Universidade Federal de Pelotas (RS)

Fonte: SEBRAE
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