A auditoria contábil é conhecida como independente ou externa e tem a finalidade de expressar a opinião do auditor, a respeito do conjunto das demonstrações contábeis elaboradas pela empresa auditada. O termo é genérico e pode ser adotado em auditoria interna, de qualidade (ISO) ou independente, sendo a última, a que prevalece em termos de importância pública.
O auditor independente é contratado para, de forma isenta, emitir relatório atestando se as demonstrações contábeis são fidedignas sob a ótica da doutrina e dos princípios contábeis, espelhando à realidade patrimonial (valor contábil da empresa). Tal opinião fornece o suporte aos interessados nos dados das empresas auditadas. A avaliação do auditor tem fé pública, oferece credibilidade aos investidores, proprietários, credores, fornecedores e analistas de créditos.
Esses profissionais são contratados com base na qualificação. O contador deve ter o registro ativo no Conselho Regional de Contabilidade, no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Normalmente, no ano em que a empresa está apurando (encerrando) as demonstrações contábeis, eles são admitidos e iniciam o trabalho na organização no final do primeiro semestre e ou no início do segundo, concluindo a auditoria no primeiro trimestre do ano subsequente.
- Ao final da avaliação do ambiente de controle interno e de riscos, o contador terá uma visão geral sobre a confiança a respeito da gestão da empresa e define os volumes de amostras estatísticas a serem adotadas para examinar a qualidade e a confiabilidade dos saldos das contas patrimoniais e de resultados. Caso identifique erros e inconsistências contábeis, ele comunica à administração para que tome as providências cabíveis com o objetivo de regularizá-las.
Na conclusão dos levantamentos, o auditor emite a aprovação das demonstrações contábeis (sem ressalvas), ou aprova com ressalvas (divergências entre a opinião do auditor e a administração da empresa) que não foram corrigidas, mas que não afetam de forma relevante o entendimento do usuário no conjunto das demonstrações contábeis. Caso ele identifique fatos significativos que distorçam a compreensão dos usuários e possam levar a erros significativos, o auditor independente relata uma opinião adversa (reprovando as demonstrações contábeis).
Em casos excepcionais, o auditor, por dificuldades para realizar o balanço, poderá emitir uma Abstenção de Opinião por Limitação de Escopo, ou seja, ele pode se negar a opinar por não ter tido acesso à documentação relevante, aos bens, às informações que o impediram de examinar as principais contas da empresa.
Nem todas as empresas são obrigadas a contratarem auditores independentes, somente aquelas por força legal, como é o caso das sociedades anônimas de capital aberto, instituições financeiras, seguradoras, operadoras de saúde. Devido às responsabilidades e aos custos altos em relação à equipe de especialistas, os serviços de auditoria são caros.
As empresas contratantes, geralmente, são de grande porte pois elas entendem a importância do processo, independente, da obrigatoriedade legal.
Quem não contrata perde a oportunidade de compreender melhor a própria gestão, pois os auditores colocam para os contratantes as principais deficiências de gerenciamento e os riscos identificados durante o processo de auditoria. Vale lembrar, que para avaliação de riscos de crédito (rating), as empresas auditadas são mais bem avaliadas.
A Americanas, o banco Pan Americano, Santos, e outras organizações no exterior, como a Parmalat e da Enron, são exemplos de empresas auditadas. Nenhuma delas está livre de ser surpreendida por práticas que fogem aos padrões corretos de conduta e de gestão. Por este motivo, o trabalho de auditoria é complexo e envolve muitas responsabilidades, cabendo ao profissional ter atenção para exercer a atividade com segurança. O auditor independente corre o risco de tomar conhecimento de fatos desagradáveis, mesmo depois de ter concluído o trabalho e procurar se defender.
Artigo escrito por Antônio Miguel Fernandes, professor de ciências contábeis da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio.
*O conteúdo dos releases assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.
por Agência Viveiros
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Fonte: Portal Contnews
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