Após dois meses de inscrições abertas, a segunda edição do Programa Empreendedoras Tech alcançou 571 inscrições de todas as regiões do país. Durante os meses de junho e julho, mulheres empreendedoras tiveram a oportunidade de inscrever empresas e projetos de pesquisa de tecnologia para participar dessa jornada de aceleração. O Programa, que é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e é executado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com o Impact Hub Brasil, tem como objetivo ampliar a inclusão das mulheres no mercado tecnológico, auxiliando o desenvolvimento e expansão dos empreendimentos liderados por elas.
Além do sucesso no número de cadastros, o programa também cumpriu o propósito de aumentar a diversidade entre as líderes inscritas. Segundo o Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), os estados mais inovadores do Brasil são: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. Por esse motivo, uma das principais metas para o programa era alcançar mais localidades do território nacional e, dessa maneira, incentivar mais regiões a inovar no setor tecnológico.
De acordo com os índices demográficos disponibilizados pela plataforma de inscrição do Empreendedoras Tech, o Nordeste obteve 23,7% das mulheres cadastradas, enquanto o Sul foi responsável por 23,2% e o Sudeste, 33,1%. Já as regiões Norte e Centro Oeste foram responsáveis por 8,4% e 7,2% das inscrições, respectivamente.
Outra meta do programa era aumentar a diversidade entre as participantes. Neste quesito, a maior aderência ainda foi entre as mulheres que se declaram como brancas 58,2% e pardas 26,7%. Porém, é possível notar uma progressão entre as que se declaram como pretas, que são cerca de 12,7%, como amarelas representando 1,3% e como Pessoa com Deficiência (PcD) 3,3%.
O campo da tecnologia ainda tem muito a avançar no que diz respeito à pluralidade e diversidade. A exemplo disso, o Google, em parceria com a Associação Brasileira de Startups (ABS) lançou em 2023 uma pesquisa. O estudo aponta que cerca de 49% dos entrevistados acreditam que existem barreiras no setor tecnológico para pessoas pretas. Já para 51% dos entrevistados as mulheres enfrentam barreiras de gênero no setor. A pesquisa sinaliza que, em uma escala de 0 a 5, o mercado tecnológico brasileiro tem nota média de 2,6 em questão de diversidade.
Empreendedoras Tech
Devido a essa necessidade de ampliar os espaços da inovação tecnológica é que o programa Empreendedoras Tech foi desenvolvido. Ele conta com mentorias, capacitações, workshops e treinamentos de oratória e pitch para que as mulheres empreendedoras da tecnologia possam avançar no mercado e acelerar seus negócios e projetos.
Acompanhe o programa e confira os resultados do processo seletivo por meio da Plataforma Desafios Enap.
Fonte: SEBRAE
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