Por Luciana Costa
Comunicação CFC
A Comissão Nacional de Educação Contábil do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) está reunida, nesta semana, na sede da autarquia para finalizar o material explicativo sobre as novas diretrizes curriculares, publicado em 2 de maio deste ano. O documento explicativo será apresentado no 13º Encontro Nacional de Coordenadores e Professores do curso de Ciências Contábeis, que será realizado no 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade (CBC).
Com o desenvolvimento do documento, a Comissão Nacional de Contábil Educação espera dar compreensão ao disposto nas novas diretrizes e estimular o desenvolvimento de estratégias de ensino que priorizem as competências e habilidades que o profissional da contabilidade requer para atender às expectativas do mercado. Para isso, o conteúdo do documento volta suas orientações à educação por competência.
“As diretrizes falam nas competências que o futuro formando precisa ter para que possa, efetivamente, estar atuando no mercado. É importante também ressaltar que esse material é voltado para os diversos tipos de instituição e de curso: público ou privado, presencial ou EAD, independentemente do tamanho e da regionalização que ela tem”, pondera o coordenador-adjunto da comissão, professor Elias Dib Caddah Neto.
Para o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, o contador José Donizete Valentina, a mudança de abordagem das novas diretrizes abre caminho para que a preparação dos futuros profissionais evolua em conformidade com as demandas do mercado.
“Nós temos que entender os conceitos contábeis e as normas de contabilidade porque isso é a base da profissão. Mas é necessário que o estudante tenha todo esses outros elementos na sua formação, porque faz diferença. A gente quer criar líderes e novos profissionais que possam realmente atender às entidades de modo a conduzi-las nesse presente, que exige muito, e no futuro que vai ser ainda mais rigoroso”, afirma o vice-presidente.
Ele lembra, ainda, que a abordagem baseada em competência promoverá uma mudança de mentalidade no âmbito acadêmico ao ampliar as possibilidades de ensino que as novas diretrizes proporcionam.
“Antigamente nós chamávamos de grade curricular. Isso foi abolido porque a grade prende. Ela é um modelão que todo mundo tem que copiar. Hoje nós temos competências, habilidades e atitudes. As primeiras podem ser ensinadas. A partir desse princípio, cada instituição de ensino deve realizar seus respectivos diagnósticos e, a partir deles, entender seus pontos fortes e fracos, as necessidades de cada região e construir seus elementos curriculares dentro dessas necessidades para formar um profissional com conhecimento técnico e com as demais habilidades e atitudes e competências”, reflete José Donizete.
Entretanto, cabe ressaltar que a questão técnica ainda é fundamental às novas diretrizes, mas a abordagem baseada na competência é que ganha destaque nessa nova formatação.
“É importante dizer também que não acabaram as disciplinas. O que acontece é que não existe mais uma lista de disciplina, uma lista de conteúdos pré-definidos pelo Ministério da Educação (MEC). Ao invés de dizer o que o aluno tem que estudar, é fundamental dar a orientação para preparar esse profissional. Há vários caminhos que se pode seguir. Várias estratégias para se chegar nesse profissional. Cada instituição é que vai definir esse caminho”, afirma a professora Roberta Carvalho de Alencar, membro da comissão.
A Comissão Nacional de Educação do CFC espera ainda que com a apresentação do guia orientativo às IEs, seja gerado um retorno de informações que possam enriquecer ainda mais o material ora em desenvolvimento.
“Um dos objetivos de apresentar o documento explicativo no 13° Encontro Nacional de Coordenadores e Professores do curso de Ciências Contábeis é receber relatos de coordenadores e professores experiências de como estão pensando a implementação das DCN, ou seja, ouvir o que é que eles estão fazendo, caminhos que estão trilhando. Assim, podemos aprimorar o material e partilhar com todos. Principalmente a partir do compartilhamento dos casos de sucesso das diversas instituições de ensino”, pontua a professora Sônia Maria da Silva Gomes, membro da comissão.
Participam da consolidação do documento os integrantes da Comissão Nacional de Educação do CFC Maria Clara Cavalcante Bugarim, Elias Dib Caddah Neto, Marco Aurélio Gomes Barbosa, Editinete André da Rocha Garcia, Roberta Carvalho de Alencar, Oscar Lopes da Silva, Alexandre Sanches Garcia, Roselane Moita Pierot Magalhães, Sônia Maria da Silva Gomes e Simone Letícia Raimundini Sanches.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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