O mercado livre de energia elétrica – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), como é oficialmente denominado – recebeu mais de 12,8 mil novos consumidores neste ano, em sua grande maioria micro e pequenas empresas, o que representa um crescimento de 25% em comparação ao ano anterior. Até o fim de julho, o setor contabilizou 51.389 unidades consumidoras em todo o país.

A alta se deve à abertura do mercado implementada no início deste ano (Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia), que possibilitou que os consumidores de alta tensão ou superior a 2,3kW (com despesas acima de R$ 10 mil) pudessem escolher de qual fornecedor desejam comprar energia. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), a maioria dos consumidores está em São Paulo (16.582 unidades), seguido pelo Rio Grande do Sul (4.918) e Rio de Janeiro (4.404). Ao todo, existem cerca de 160 mil empresas, entre pequenas, médias e grandes, que estão aptas a migrar para o mercado livre. De acordo com a entidade, a economia pode chegar até 35% nos novos contratos de compra.

Para apoiar pequenos negócios na mudança, o Sebrae tem, de forma gratuita, orientado os donos de pequenos negócios interessados em conhecer o Mercado Livre de Energia e outras soluções energéticas disponíveis no país. Os empresários recebem, por exemplo, uma consultoria para entender melhor sua conta de luz e avaliar a realidade do negócio do ponto de vista da gestão energética. Saiba mais aqui.

A analista de Competitividade do Sebrae Nacional Carolina Moraes ressalta que a gestão energética do pequeno negócio possibilita a redução de custos, o aumento da competitividade e contribui para a redução dos impactos negativos sobre o clima.

Todos saem ganhando. O empresário, que reduz seus custos, aumenta a produtividade e pode investir em outros setores. E o planeta, que terá menos emissão de CO². A sustentabilidade e o crescimento também passam por escolhas conscientes.

Carolina Moraes, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

Levantamento feito pelo Sebrae mostra que as principais dificuldades dos empresários para investir no tema é a falta de conhecimento/confiança na tecnologia (31%), seguida da necessidade de alto investimento (28%). De acordo com o levantamento, 55% dos pequenos negócios gastam, em média, até R$ 500 por mês com a conta de energia.

Como fazer para migrar?

É necessário que esses consumidores com carga individual menor que 500 kW sejam obrigatoriamente representados por um agente varejista responsável por facilitar a transação de compra de energia, a gestão do uso e a intermediação com a CCEE. Atualmente, existem mais de 100 comercializadoras varejistas operando no mercado.

Capacitação

A Jornada Custo, Consumo & Geração oferece, gratuitamente, atendimento para os pequenos negócios interessados em conhecer seu perfil energético, receber análise da fatura, fazer inventário energético, entre outras ações estruturadas para que o empresário saiba tomar a decisão mais adequada quanto à gestão energética. A Jornada mapeia quatro oportunidades para o empresário escolher a partir de sua realidade: adesão à Tarifa Branca, Assinatura de Energia, Mercado Livre de Energia ou Geração Própria (que requer investimento em placas solares).

Fonte: SEBRAE
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