O projeto Digitalização das IGs de Café, plataforma que está sendo desenvolvida com o apoio do Sebrae, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Instituto CNA, tem previsão para ser lançado em novembro deste ano. O piloto da iniciativa já está em execução com 14 associações que receberam o registro de Indicação Geográfica por Denominação de Origem ou Indicação de Procedência. Para alinhar os próximos passos, o Sebrae se reuniu com representantes dos produtores no início desta semana.
O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, esteve presente na reunião e apontou que três setores da instituição passam a atuar em conjunto para fortalecer a comercialização dos cafés com Indicação Geográfica.
Os valores diferenciados desses produtos representam a consistência que está por trás deste registro. A IG é nossa chance de ter tudo junto, com a questão da qualidade, da inovação, a produtividade, a sustentabilidade e a questão de acesso aos mercados.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional.
Durante o encontro, o diretor-técnico também ressaltou a necessidade de trabalhar com mais parceiros, como a Apex Brasil e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para impulsionar a venda dos cafés. “Temos que aproveitar a IG que é um instrumento muito poderoso por gerar diferenciação, reconhecimento e valor no mercado”, definiu.
O gerente de Inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato Cabral, destacou os avanços que a plataforma possibilitou para o setor de cafés especiais e que o objetivo agora é promover iniciativas semelhantes com outros setores, como de queijos e de mel. “Isso aumenta a segurança do consumidor e valoriza o trabalho realizado pelos produtores. É uma grande ferramenta de convergência”, comentou.
Resultados
Um dos frutos dessa experiência da construção da plataforma é a criação, em junho deste ano, do Instituto das Regiões Produtoras de Café do Brasil com Indicação Geográfica (IGs), que visa promover, valorizar e reposicionar o café especial que possui origem controlada no mercado local e externo. O presidente da instituição, Jean Vilhena Faleiros, afirmou que a maior preocupação é aprimorar a governança das Indicações Geográficas. “O grupo ficou muito unido com o propósito de ajudar a cadeia de cafés de origem do Brasil. Por isso queremos estruturar as IGs para fazer ações que sejam fundamentais para que os nossos produtos tenham mais espaço no mercado”, afirmou. “Temos muito a trabalhar ainda e precisamos do apoio do Sebrae”, completou.
Plataforma Digitalização das IGs
Em breve, a ferramenta vai reunir as informações sobre os sabores e as características singulares dos cafés especiais com origem controlada: procedência, aroma, cultura, terroir, qualidade, região de produção, se o produtor tem preocupações sociais e ambientais, além de possibilitar a rastreabilidade dos produtos. A empresa Agtrace foi a empresa selecionada para desenvolver o sistema da plataforma de rastreabilidade das IGs de café. Atualmente, as regiões produtoras com origem controlada estão em cinco estados, envolvem 411 municípios e quase 100 mil produtores, que em sua maioria são pequenos negócios.
Fonte: SEBRAE
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