O algodão agroecológico do Inhamuns, no Ceará, acaba de receber o registro de Indicação Geográfica (IG) por Indicação de Procedência (IP). A região compreende os municípios de Tauá, Independência, Parambu, Boa Viagem e Novo Oriente. O selo foi concedido à Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural de Tauá e Região do Inhamuns (ADEC), que fez o pedido em dezembro de 2022.

Esta é a 121ª IG concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no país e a quarta do estado, que já conta com outros registros: o camarão marinho produzido em cativeiro nas fazendas da região da Costa Negra; as redes de Jaguaruana; e a cachaça de Viçosa do Ceará.

Segundo explica Hulda Giesbrecht, coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae, as IG são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora. “Significa dizer que o produto foi reconhecido pela sua inovação, qualidade, produtividade e sustentabilidade”, argumenta.

A IG confere importância ao que é produzido em determinado território, resgata e reconhece a sua herança histórico-cultural, que é intransferível.

Hulda Giesbrecht, coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae.

Essa herança abrange vários aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade. “Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva aos produtores da área delimitada. É um passaporte para acessar novos e melhores mercados”, complementa Hulda.

Fonte: SEBRAE
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