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Será que a aposentadoria privada é uma boa opção para garantir seu futuro?

Modelo alternativo e complementar ao tradicional benefício pago pelo INSS, esse tipo de previdência tem seus prós e contras.

E se você tem dúvidas sobre o tema, fica o convite para acompanhar este artigo até o final, pois vamos esclarecer todas elas.

Logo de cara, vale dizer que seu interesse no assunto é um passo importante.

Afinal, com as recentes mudanças na Previdência Social, fica cada vez mais urgente planejar o futuro financeiro e, assim, garantir uma renda confortável ao se aposentar.

Então, siga a leitura, entenda como a previdência complementar funciona e de que forma você pode pesquisar pelo melhor tipo de poupança e investimento.

O que é e como funciona a previdência privada?

A previdência privada é uma maneira de poupar e investir para garantir uma renda futura.

Nela, o contratante faz recolhimentos periódicos durante o período de acumulação e, depois, resgata o dinheiro investido.

Tanto a maneira de contribuir quanto a forma de sacar a aposentadoria variam de acordo com o plano escolhido.

Uma pessoa pode fazer um depósito único, por exemplo, e resgatar o saldo total depois de algum tempo.

Ou, ainda, o contratante pode realizar aportes mensais durante certo tempo e, após o período de contribuição, resgatar o investimento sob a forma de renda mensal vitalícia.

A ideia central da aposentadoria privada é ser um complemento aos recebimentos que o contratante espera ter durante a aposentadoria, depois que para de trabalhar.

Hoje, com a Reforma da Previdência, fica cada vez mais distante e difícil se aposentar no Brasil pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Então, pode ser interessante ter outra fonte de renda que garanta um padrão de vida no futuro semelhante ao atual.

Se essa for a sua decisão, quanto antes você começar a pensar em alternativas para complementar a renda durante a aposentadoria, mais chances tem de alcançar seus objetivos.

Além disso, com um planejamento adequado, o esforço atual será menor para obter melhores ganhos futuros.

Previdência Social e Previdência Privada: Quais são as diferenças?

Antes de avançarmos sobre as regras e características da aposentadoria privada, vale entender o que ela tem de diferente da Previdência Social.

No Brasil, a Previdência Social é oferecida de forma ampla a qualquer cidadão.

Sua principal função é garantir que o segurado tenha uma fonte de renda quando, por alguma razão, não puder mais trabalhar.

aposentadoria é um desses motivos assegurados pela Previdência Social – o mais tradicional dos benefícios.

Todo trabalhador com carteira assinada recolhe, obrigatoriamente, uma contribuição mensal ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que é administrado pelo INSS.

O mesmo acontece com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), no caso dos servidores públicos.

A grande questão da Previdência Social é que, sendo pública, o contribuinte tem pouca ou nenhuma influência sobre os seguros.

Então, ele apenas paga sua contribuição e fica sob as regras impostas pela legislação, como teto de recebimento.

Já a previdência privada, além de não ser obrigatória, é muito mais flexível.

Ou seja, o contratante consegue escolher entre diversos tipos de planos, com prazos, rentabilidades, condições de pagamento e resgate diferentes.

Ainda neste texto, vamos trazer detalhes sobre todos eles.

Qual o melhor tipo de aposentadoria privada?

A previdência privada é dividida em dois formatos:

  • Previdência privada fechada
  • Previdência privada aberta.

Os planos previdenciários fechados são oferecidos de forma exclusiva por empresas e entidades a seus funcionários e associados.

Também conhecidos como fundos de pensão, eles podem ser patrocinados (quando a operadora paga uma parte do plano) ou instituídos (o contratante paga o valor integral da contribuição).

Já os planos previdenciários abertos são aqueles que qualquer pessoa pode contratar.

Existem vários formatos, mas os mais conhecidos são:

  • PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
  • VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre.

Na prática, eles são bem parecidos entre si, mas a principal diferença está na maneira como o Imposto de Renda (IR) é calculado e descontado.

O PGBL é tributado tanto sobre os aportes quanto sobre os rendimentos e pode ser deduzido.

Por isso, ele é indicado para contribuintes que fazem a declaração anual do IR completa.

No VGBL, por outro lado, o IR é calculado apenas sobre os juros do investimento, e os aportes não podem ser deduzidos.

Então, ele é recomendado para aqueles que podem fazer a declaração no modo simplificado.

Assim, é importante estudar as possibilidades oferecidas pelo mercado e entender quais são as suas necessidades para a aposentadoria.

Dessa forma, você conseguirá entender qual é o melhor formato de aposentadoria privada para seu futuro.

A decisão, contudo, deve respeitar o seu planejamento de aposentadoria.

Se não sabe por onde começar, consulte uma assessoria jurídica especializada, que pode dar soluções personalizadas para o seu caso.

A ABL Advogados oferece suporte para o futuro do trabalhador privado e do servidor público.

Afinal, previdência privada vale a pena?

Para responder a esta pergunta, é preciso primeiro observar a aposentadoria privada sob dois ângulos: poupança e investimento.

Como poupança, os planos complementares são interessantes para fazer com que o contratante guarde dinheiro com um objetivo definido.

Nesse caso, a ideia central da aposentadoria privada é formar um montante que será utilizado durante a aposentadoria.

Um dos diferenciais dos planos previdenciários é que também podem ser sacados a qualquer momento.

Então, eles podem funcionar como uma maneira de poupar dinheiro para o médio e longo prazo, seja qual for o objetivo do contratante.

Por outro lado, temos que entender a aposentadoria privada como um investimento.

Afinal, todo o valor aplicado sobre ela é reinvestido pelas operadoras em outras aplicações financeiras.

Dessa forma, os planos podem ser mais ou menos rentáveis, de acordo com o formato escolhido pelo contratante.

É claro que todo investimento tem custos e riscos. Quanto mais arriscado for o tipo escolhido como previdência privada, maiores são as possibilidades de ganhos.

Por isso, é necessário pesar os prós e contras de fazer esse tipo de poupança e investimento, a fim de garantir um bom custo-benefício pela aplicação.

Vamos ver quais são as vantagens e riscos da aposentadoria privada complementar?

BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

  • Você consegue poupar com disciplina para o futuro
  • Renda mais confortável durante a aposentadoria
  • Possibilidade de ganhos reais com o investimento
  • Flexibilidade de contribuição e de resgate
  • Alta liquidez da aplicação.

RISCOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

  • Gastos com taxas da operadora e impostos
  • A rentabilidade do investimento pode ser menor do que outros tipos de aplicação de mesmo perfil
  • Riscos de crédito da operadora.

Como fazer um plano de aposentadoria privada?

Para fazer um plano de aposentadoria privada, basta escolher uma operadora, selecionar a opção desejada e contratar o serviço.

Hoje, a maioria das instituições oferecem a contratação 100% online, com envio da documentação e assinatura do contrato pela internet.

Assim que o plano estiver ativo, você já pode fazer o investimento inicial e programar seus aportes.

No site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), você pode consultar todas as empresas autorizadas a oferecer planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Os planos de previdência privada têm adesão simplificada, assim como a maioria dos produtos bancários e investimentos atuais.

De modo geral, você só vai precisar apresentar um documento de identificação com foto (RG, CNH, etc.), enviar um comprovante de residência e assinar um contrato.

Muitas operadoras oferecem a opção de contratação 100% online, que utiliza recursos como envio de selfie e reconhecimento facial por app para autenticação do usuário.

Assim, é possível contratar um plano de previdência privada em poucos cliques e sem sair de casa.

Como funciona o Resgate da Previdência?

Existem várias formas de resgatar recursos de um plano de previdência privada.

Para quem pretende resgatar somente na fase de usufruto, como é recomendado para esse tipo de investimento, estas são as principais opções:

  • Resgate total: o patrimônio total acumulado durante toda a fase de arrecadação é resgatado de uma só vez pelo segurado
  • Resgate parcial ou programado: o resgate é feito apenas parcialmente ou em parcelas programadas
  • Renda mensal vitalícia: o segurado recebe o capital acumulado na forma de uma renda mensal vitalícia ou com prazo mínimo garantido (entre 5 e 20 anos)
  • Renda vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: o beneficiário recebe uma renda mensal vitalícia que pode ser revertida ao cônjuge e filhos após seu falecimento.

No entanto, é importante deixar claro que o segurado pode resgatar dinheiro de seu plano de previdência a qualquer momento, desde que tenha cumprido a carência exigida pela operadora.

O que acontece é que os resgates antes do prazo não costumam ser vantajosos, já que incide o Imposto de Renda sobre cada saque.

Como escolher a melhor opção de previdência privada

Como você viu, existem diferentes opções de aposentadoria privada.

Por isso, é importante escolher com cautela o melhor formato, especialmente porque é uma aplicação com objetivo de longo prazo.

Para facilitar a sua busca pelo melhor plano complementar de previdência, listamos mais algumas dicas:

FAÇA UMA ANÁLISE DAS SUAS FINANÇAS

Qual é seu orçamento atual? Qual seu custo de vida? O quanto você precisa receber para manter seu padrão de consumo e hábitos?

PROJETE SEU ORÇAMENTO E ESTABELEÇA OBJETIVOS

Com base nas suas análises, o quanto você precisaria de renda no futuro para ter a mesma qualidade de vida (ou superior) à de hoje?

PLANEJE-SE E DESCUBRA O QUANTO PRECISA PARA A APOSENTADORIA

Crie um plano orçamentário, desenvolvendo estratégias para acumular sua poupança para a aposentadoria.

Nesse momento, questione: o quanto da sua renda atual é possível comprometer para garantir a renda do futuro?

PESQUISE PELAS OFERTAS DE PREVIDÊNCIA

Estude os planos disponíveis e veja aqueles que se encaixam na sua capacidade de pagamento, objetivos, metas e expectativas de gastos e ganhos.

CONTRATE UM PLANO PREVIDENCIÁRIO

Pronto! Depois de estudar as suas necessidades e desejos, você estará muito mais confiante para avaliar os planos e escolher aquele que esteja mais alinhado ao que você precisa.

Agora, basta ter disciplina nas contribuições para colher os frutos lá na frente.

Quais cuidados ter com a aposentadoria privada?

É preciso tomar alguns cuidados na hora de contratar um plano de aposentadoria privada.

O primeiro ponto a ser observado é a compatibilidade do seu perfil de investidor com o produto escolhido.

Hoje, existem planos de aposentadoria privada para diversos perfis de acordo com a expectativa de ganho e tolerância ao risco.

Por exemplo, existem carteiras de investimentos mais voltadas à renda fixa e outras que incluem produtos de renda variável, que apresentam maior volatilidade e são indicados para investidores mais arrojados.

Também é preciso ficar atento à escolha do regime de tributação do plano de previdência, que muda totalmente a incidência de IR.

Você pode escolher a tabela progressiva, que é a mesma aplicada aos salários e aposentadoria, ou a tabela regressiva, que é uma exclusividade da previdência privada.

A diferença é que na tabela regressiva as alíquotas diminuem conforme o tempo de aplicação, podendo chegar a apenas 10% após 10 anos de investimentos — daí a vantagem em investir no fundo previdenciário em longo prazo.

Outro ponto importante são as taxas e custos.

Alguns fundos ainda cobram as chamadas taxas de carregamento, que são porcentagens descontadas sobre cada aplicação ou retirada — o que pode prejudicar a rentabilidade.

Por isso, a dica é preferir planos que não cobrem essas tarifas e tenham uma taxa de administração baixa (por volta de 1%).

Além disso, é preciso estar atento a regras como carência (tempo mínimo de aplicação até o primeiro resgate) e aportes (alguns planos exigem valor e frequência mínima).

Perguntas frequentes sobre aposentadoria privada

Se ainda ficou com alguma dúvida, vamos esclarecer agora outros pontos sobre a aposentadoria privada.

QUAL O VALOR MÍNIMO PARA PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Não existe valor mínimo para investir em planos privados.

Você pode começar a pagar de acordo com as suas possibilidades financeiras.

Existem planos que começam com valores a partir de R$ 50 ou R$ 100, por exemplo.

É claro que quanto maior for a contribuição, maior será o saldo da previdência.

Tudo vai depender do quanto você consegue pagar hoje e do quanto você deseja resgatar ao fim do período de acumulação – ou seja, na aposentadoria.

Além disso, vale observar os custos envolvidos com a aplicação, como taxas e impostos.

Esses gastos vão reduzir a sua capacidade de investimento e diminuir sua taxa de rentabilidade.

QUANTO TEMPO TENHO QUE PAGAR A PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Também não existe tempo mínimo para contribuir com os planos previdenciários.

É possível encontrar formatos que têm público-alvo desde crianças até aos idosos.

O período de acumulação vai depender de quando você espera resgatar o saldo acumulado, do quanto deseja poupar, e das metas financeiras.

Então, o tempo de contribuição é personalizado e cada pessoa vai ter um prazo específico.

No geral, os planos de previdência têm como meta serem de médio ou longo prazo.

Mas, com planejamento adequado, eles também podem ser feitos para o curto prazo.

Por isso, é importante analisar as contas e objetivos com atenção para entender qual o melhor tempo de contribuição.

COMO É FEITO O CÁLCULO DA PREVIDÊNCIA PRIVADA?

O cálculo da previdência privada leva em consideração vários fatores. Os principais são:

  • Taxa de rentabilidade (juros acumulados menos os custos)
  • Tempo de investimento
  • Valor de aplicação.

Então, quanto maior a taxa de rentabilidade, menor o tempo de investimento e valor de aplicação.

O mesmo acontece para todos os elementos da conta.

Além disso, você precisa saber o quanto espera ter como renda complementar durante a aposentadoria.

Como exemplo, pense no seguinte caso: você quer se aposentar recebendo R$ 3 mil além da aposentadoria recebida do INSS. Para isso, pode aplicar R$ 2 mil ao mês, por 15 anos.

Estudando o mercado, você encontra uma opção de previdência complementar com taxa de rentabilidade de 10% ao ano.

De acordo com os dados fornecidos, será possível obter uma renda vitalícia de R$ 2.711. Ou, se preferir estipular um prazo final de recebimento, receber R$ 3.382 mensalmente por 20 anos.

Conclusão

A aposentadoria privada é uma maneira de poupar e investir para o futuro, complementando a renda recebida pela aposentadoria do INSS.

Existem variados planos previdenciários complementares, seja no formato fechado ou aberto.

Para escolher o melhor tipo de previdência privada você deve entender o seu orçamento atual e projetar as contas futuras.

Dessa forma, será possível entender sua capacidade de pagamento e necessidades financeiras.

Aí, basta pesquisar as alternativas disponíveis no mercado e escolher o melhor plano privado para você.

O mais importante, como destacamos, é que busque uma solução específica para o seu caso.

Original de ABL Advogados

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Fonte: Jornal Contábil
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