Além do salário, quem trabalha em uma empresa naturalmente espera receber alguns benefícios extras. Eles podem variar de acordo com o porte de cada negócio, entretanto, costumam ser um critério importante usado pelos profissionais para aceitar uma oferta de emprego ou até se manter no serviço, por isso precisam ser pensados de forma estratégica para motivar os colaboradores.
Segundo pesquisa recente da consultoria de carreira e recrutamento Robert Half, 97% dos profissionais dizem considerar os benefícios na hora de fechar o contrato com uma empresa. E, caso ela não ofereça os benefícios mais buscados por eles, 51% procuram negociar um salário mais alto.
De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, os benefícios entram em duas categorias. “Existem os benefícios já esperados, como vale-transporte, vale-refeição e, dependo da convenção coletiva, plano de saúde ou outros. E há os benefícios que não são esperados e podem ser utilizados para melhorar o bem-estar dos colaboradores, como vale-creche, academia e outros”, explica.
A executiva considera importante a realização de uma pesquisa de satisfação para entender os benefícios que fazem mais sentido entre os funcionários. “Isso deve ser feito inclusive para os benefícios esperados. O vale-refeição é um bom exemplo. Se o vale é de 15 reais, mas a pessoa não gasta menos de 30 reais por dia porque a região é cara ou tem poucas opções, esse benefício não vai funcionar bem. Todos os dias a pessoa vai ficar infeliz com o vale-refeição dela. Neste caso, ela vai ter infelicidade toda vez que vai comer e ainda vai lembrar que é por causa do seu líder, que não paga um valor aceitável”, aponta.
Em um caso como esse, Carla orienta que a empresa deve avaliar quanto os funcionários costumam gastar em um almoço e fazer uma média. “É claro que é preciso entender a condição financeira, saber quanto é possível pagar, mas pode ser melhor até oferecer uma estrutura na cozinha para a pessoa poder trazer comida de casa do que oferecer um vale que não vai atender”, sugere a vice-.
Outro ponto importante, de acordo com a especialista, é a empresa analisar os benefícios que estão sendo oferecidos pela concorrência para montar um pacote que faça sentido. “Além disso, é necessário usar os benefícios de forma estratégica sempre. Por exemplo, se você quer estimular a assiduidade e acabar com as faltas e atrasos, pode oferecer um benefício atrelado a isso. As pessoas se comprometem mais quando sabem que vão ganhar algo extra, até aumentam a produtividade, por isso é válido prestar atenção nos comportamentos que você quer melhorar e fazer bom uso dos benefícios para conseguir isso”, finaliza Carla Martins.
Sobre Carla Martins: Carla Martins é vice-presidente do SERAC.
por Carolina Lara
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Fonte: PORTAL CONTNEWS
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