Ser empreendedor em um momento de tanta incerteza e fragilidade é um desafio. Não bastasse a preocupação com a própria vida e a família, é preciso pensar na empresa, nas contas a pagar e no futuro do negócio, certamente impactado pela chegada da Covid-19 ao Brasil, há um ano.
E não para por aí… É preciso pensar, ainda, nas pessoas que integram a equipe e como mantê-las motivadas nesta retomada do home office.
O modelo de trabalho remoto foi adotado em massa em 2020, mas, nos últimos meses, vinha abrindo espaço para o formato híbrido, que animava os profissionais que preferiam estar em contato físico com seus parceiros, líderes e clientes.
Acontece que quando tudo parecia caminhar para o normal, o agravamento da pandemia levou muitos estados a ampliarem as restrições de circulação, fazendo empresas e departamentos de RH refletirem sobre qual será o próximo passo: afinal, após um ano de pandemia, é possível seguir estimulando o time da mesma maneira à distância? Como agir assertivamente neste momento?
De acordo com Daiane Andognini, psicóloga e CEO da HUG – consultoria de gestão de pessoas especializada em startups -, algumas empresas que voltaram para o presencial ou adotaram o modelo híbrido estão com dificuldades para lidar com o home office pela segunda vez.
“Há uma resistência para aderir ao formato remoto novamente. Um dos motivos é a dificuldade que muitos líderes enfrentam na comunicação com a sua equipe, no engajamento dos colaboradores e no alinhamento de metas. Isso sem contar a necessidade de controle que alguns gestores têm e que exige que ele esteja próximo aos funcionários”.
Concordando ou não, a volta pra casa se impôs em quase todo o país.
E agora com um agravamento: o aumento de casos da Covid-19 torna a doença muito mais próxima às pessoas do que na primeira fase, com muitos colaboradores enfrentando dentro de casa a perda de entes queridos, parentes e amigos hospitalizados.
Com isso, é natural que eles se sintam mais afetados, tanto na vida pessoal quanto no ritmo de trabalho, do que aconteceu no ano passado.
Comunicação como prioridade
Daiane explica que essa realidade exige que as empresas apostem – mais do que antes até – em comunicação.
“Os gestores precisam se comunicar com as suas equipes, entender como estão os seus colaboradores, se eles estão com problemas em casa, se estão fragilizados por algum motivo de força maior… Isso fará com que eles sejam compreensivos no caso de uma queda de produtividade, por exemplo”.
A especialista ainda alerta que, se na “primeira temporada” de home office, eventuais deslizes das empresas eram perdoados, agora a situação é diferente.
“Não podemos mais dizer que fomos pegos de surpresa. Assim, uma empresa não pode permitir ausência de formas de se comunicar à distância, por exemplo. Já tem que existir uma ferramenta que permita as reuniões on-line, uma alternativa para que o trabalhador possa realizar as suas atividades de forma eficiente ainda que de longe e um auxílio para aqueles que não têm uma estrutura para trabalhar em casa”.
Outro ponto, segundo a CEO, diz respeito à transparência.
Não é preciso muito para ver que a pandemia afetou a maioria dos negócios.
A dúvida com relação à real situação da empresa pode interferir diretamente no desempenho dos profissionais que atuam nela.
“Se for possível, é importante que os gestores conversem com a equipe sobre o cenário que estão vivendo. Revelar que a situação é crítica pode não ser visto como uma fraqueza, mas sim como uma motivação para todo mundo se empenhar ainda mais para virar o jogo”, diz Daiane.
A profissional da HUG acrescenta que todos os itens citados acima poderiam ser resumidos em um termo: cultura corporativa.
Segundo ela, se a maneira de trabalhar, a flexibilidade e o comprometimento com a entrega já são pontos bem claros entre os colaboradores, a empresa consegue fazer qualquer ajuste necessário para se adequar a este novo momento.
Isso dá mais segurança aos líderes e aos funcionários não apenas na volta ao home office, mas nesta nova maneira de trabalhar que surgiu com a pandemia.
“Há uma mudança na percepção das pessoas em relação ao trabalho. As vagas de emprego na área de tecnologia, por exemplo, cresceram em torno de 20%. São mais de 2 mil vagas de trabalho abertas nesse ramo. A empresa que conseguir oferecer um ambiente com cultura, propósito claro e oportunidades para o desenvolvimento de carreira com certeza terá como selecionar um bom time e garantir uma performance à altura”, exemplifica e finaliza a CEO.
Por: Daiane Andognini, Formada em Psicologia com especialização em Governança, Negócios e Comportamento, Daiane Andognini atua há mais de 20 anos em gestão de pessoas. É especialista em startups desde 2014, focada em negócios escaláveis e de base tecnológica. CEO da HUG, Advisor, Mentora em Liderança e Gestão de Pessoas, a profissional ajuda empreendedores a evoluir sua maneira de pensar e agir para obter melhores resultados.
Sobre a HUG
Fundada em 2016 em Florianópolis (SC), a HUG é uma consultoria de gestão de pessoas que ajuda startups e empresas de tecnologia a criarem uma estrutura escalável em gestão de talentos. Atua também no desenvolvimento da cultura e dos líderes para elevar a startup a outro nível de negócios. Com clientes por todo Brasil, desenvolveu projetos em empresas como a MaxMilhas, Studio Sol, Way2 Hiper e SocialBase, e conta com uma metodologia de sucesso, baseada no entendimento das dores e expectativas da empresa, em um processo de co-criação com colaboradores e lideranças para que todos participem da definição e execução do que será o futuro da organização.
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Fonte: Jornal Contábil
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