A DRE é uma das demonstrações contábeis que a sua empresa precisa elaborar anualmente. Mas você sabia que ela tem importância também para a tomada de decisões e definição do futuro do empreendimento? Isso porque ela oferece informações valiosas sobre como as finanças estão se desenvolvendo.
No contexto de uma empresa que está começando ou que deseja expandir sua rentabilidade nos próximos anos, esses dados geram insights valiosos, porque permite você conhecer suas principais fontes de custo e ver de que forma é possível enxugar os gastos operacionais, por exemplo.
Neste artigo, separamos as principais informações sobre a DRE, destacando a sua relevância para a gestão do seu negócio e também um passo a passo de como ela deve ser feita. Continue a leitura!
O que é DRE?
DRE é a sigla para a Demonstração do Resultado do Exercício, que é um relatório produzido para analisar se a empresa teve lucro ou prejuízo em determinado período. Ou seja, ele funciona como um resumo da movimentação financeira, que mostra como aquele resultado líquido foi gerado.
Esse documento é uma das demonstrações contábeis obrigatórias para todas as empresas brasileiras e deve ser gerado uma vez por ano, sendo enviado ao final de cada ano-calendário (entre janeiro e dezembro). A única exceção nessa obrigatoriedade é para os Microempreendedores Individuais (MEI).
Outra determinação é que o relatório seja assinado por um contador habilitado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Portanto, é o seu escritório de contabilidade ou profissional contratado que devem produzir o DRE, mas suas informações são importantes também para a gestão da empresa, como veremos a seguir.
Qual a importância da DRE?
De fato, como se trata de um relatório anual obrigatório na empresa, se o seu negócio não estiver enquadrado como MEI você terá que produzir a DRE periodicamente de qualquer forma. Porém, nem todos os empreendedores enxergam que esse documento carrega informações valiosas sobre a gestão do negócio.
Portanto, seu primeiro benefício é demonstrar, às claras, como anda a saúde financeira da empresa. Assim, é possível tirar insights valiosos sobre a administração e apoiar a tomada de decisões para o futuro, como por exemplo cortar gastos considerados desnecessários ou até mesmo buscar novas fontes de receita.
Além disso, se o objetivo é trazer investimentos para o seu negócio, a geração da DRE traz essa visão geral sobre os resultados financeiros e o seu potencial de crescimento. É natural que os investidores queiram ter mais segurança para aplicar seu dinheiro, então o relatório traz esses dados completos.
Ao mesmo tempo, ele também serve como um documento de apoio para facilitar o acesso ao crédito nas instituições financeiras. Alguns analistas financeiros colocam a DRE na lista de documentos para liberar linhas de crédito voltadas para pequenas empresas, a fim de conhecer melhor a capacidade de pagamento da empresa.
Como sabemos, é comum que as startups operem com margens pequenas, principalmente no início da sua operação, para conquistar espaço no mercado. Portanto, ter em mãos essas informações valiosas sobre a saúde financeira pode ser um diferencial para desenvolver ou atualizar a estratégia de expansão.
Quais as diferenças do DRE para outros tipos de demonstrações?
Naturalmente, a Demonstração do Resultado do Exercício não é o único documento que traz informações importantes sobre o negócio. Apesar de ser uma das mais conhecidas, existem outros tipos de demonstrações contábeis, como veremos a seguir.
- Balanço Patrimonial: detalha quais são os patrimônios da empresa, como bens e direitos, além de trazer, por exemplo, os valores que ainda têm a receber de clientes.
- Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): aponta as entradas e saídas de capital do caixa da companhia.
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): traz as alterações do patrimônio da empresa naquele período.
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA): indica como a riqueza da empresa se desenvolveu e como ela foi distribuída entre as partes envolvidas.
Em conjunto, todas essas demonstrações trazem uma visão ainda mais ampla sobre a situação financeira do negócio. É claro que não cabe ao empreendedor fazer a confecção desses relatórios, mas é importante ter esse controle.
Como fazer a Demonstração do Resultado do Exercício?
Antes de explicar os itens da DRE, vale a ressalva: esse é um documento que deve ser feito por um contador habilitado junto ao CRC, porque essas informações servem para cumprir requisitos legais com a Receita Federal. Ou seja, mesmo em empresas muito pequenas, é muito provável que você precise de um serviço terceirizado de contabilidade.
Dito isso, como a DRE é um dos relatórios mais valiosos na rotina financeira de uma empresa, é interessante que você entenda como ele é elaborado e quais informações devem conter nele. Portanto, preparamos um passo a passo para você fazer a sua produção.
Para melhor visualização, imagine que ele segue uma “escada”, onde o seu ponto final é o resultado do exercício, que indica se houve lucro ou prejuízo naquele período. Já o início é pelas receitas, que foram os valores recebidos nesse período. Então, a DRE é feita dessa forma:
- Receita das vendas: soma de todas as vendas de produtos ou serviços da empresa, incluindo aquelas que ainda não foram recebidas.
- Impostos e deduções: todos os tributos que incidiram sobre essa receita, como ICMS, ISS e por aí vai, além das deduções, como vendas canceladas.
- Receita líquida: é a receita bruta menos os impostos e deduções.
- Custos de venda: aqui começam as despesas. Esses são os custos para comprar e vender as mercadorias, como os valores gastos com matéria-prima.
- Lucro Bruto: é a receita líquida menos os custos de venda.
- Despesas: aqui entram os gastos, que são diferentes dos custos. Os gastos são efetivados para manter a empresa funcionando, como colaboradores, estrutura física e contas fixas.
- Lucro Operacional: subtração do lucro bruto pelas despesas.
- IRPJ e CSLL: esses impostos incidem sobre o lucro, então ficam isolados. Porém, se a sua empresa for optante do Simples Nacional, eles são incluídos na parte de impostos e deduções.
- Receitas e Despesas não operacionais: são movimentações complementares, que não têm relação direta com a atividade da empresa, como a venda de um ativo ou doações realizadas.
- Receitas e Despesas Financeiras: também ficam separadas para não influenciar o resultado operacional. Exemplos são os rendimentos de aplicações ou despesas bancárias.
- Resultado do exercício: é o resultado final de todos esses pontos. Ele termina em prejuízo (negativo) ou lucro (positivo), que pode ser distribuído aos sócios ou acionistas.
Ao conhecer os itens que estão incluídos na DRE, fica claro como as suas informações são poderosas para a gestão da sua empresa. Porém, pela riqueza dos dados, é fundamental que o seu serviço de contabilidade faça todos os cálculos corretos e que utilize a tecnologia para deixar o processo mais simples e rápido.
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Fonte: Jornal Contábil
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