Fundadores do Kabum processam Itaú

Leandro Ramos e Thiago Ramos, fundadores do Kabum, questionam na justiça o assessoramento recebido pelo Itaú no processo de venda da empresa para o Magalu. Segundo eles, o ItaúBBA, divisão de investimentos e negócios que intermediou a transação, teria favorecido a proposta do Magazine Luiza de maneira indevida.

Após a veiculação da notícia em jornais de grande circulação no país, como O Globo e Valor Econômico, os irmãos Ramos foram afastados. Além deles, mais quatro diretores ligados aos irmãos também foram dispensados.

Venda da Kabum para a Magalu foi concretizada em 2021

Kabum foi vendido ao Magalu em junho de 2021, em uma transação no valor de R$ 3,5 bilhões. Desse valor, R$ 1 bilhão foi pago à vista. O processo de aquisição adicionou ao portfólio do Magazine Luiza o maior e-commerce de produtos de informática do Brasil.

No processo judicial, os irmãos Ramos acusam o ItaúBBA de favorecer o Magazine Luiza em detrimento de outras propostas. Segundo eles, o contrato foi “mal negociado e desvantajoso”. Eles alegam ainda que outros interessados na compra não receberam atenção e foram igrnorados.

Um deles era Luciano Hang, proprietário da Havan, que afirma ter entrado em contato com Leandro Ramos em 2020 para perguntar por qual motivo a negociação sobre um possível venda [para a Havan] não estava indo à frente. Leandro ficou surpreso, pois as negociações ainda não estavam encerradas.

Itaú informa que negociou com diversas empresas

Em sua defesa, o banco Itaú alega que diversas empresas foram ouvidas no processo de negociação, incluindo Havan, Via Varejo, Whirlpool, Magalu e Americanas. Em nota oficial ao jornal O Globo, o banco destacou que o processo foi transparente.

O Itaú BBA esclarece que a operação em questão foi concluída após um processo competitivo transparente e que envolveu diversas companhias interessadas. Os acionistas do Kabum estavam absolutamente cientes de que poderia haver flutuação de valores no mercado acionário, e conduziram e tomaram todas as decisões ao longo do processo, especialmente em relação aos valores e condições da transação.

Diante disso, o banco lamenta a existência de uma ação judicial sem qualquer fundamento e que tem, aparentemente, o único objetivo de causar constrangimento. Por fim, ressalta que atua sempre no melhor interesse de seus clientes, pautado nos mais severos padrões de diligência, para oferecer assessoria financeira de qualidade elevada.

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Fonte: Jornal Contábil
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