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A Petrobras anunciou novos aumentos no preço dos combustíveis e a corrida para abastecer lotou postos de gasolina na quinta-feira (10/03) em todo país. A nova alta vem depois de um aumento de 47% nos preços da gasolina em 2021, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em algumas regiões do país, a gasolina já está sendo vendida acima dos R$ 8 por litro desde sexta (11/03).

O aumento pegou a todos de surpresa e a empresa não justificou se a alta tem ou não relação com o novo preço do barril do petróleo – que passou os U$ 100 – influenciada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que irá “respeitar as obrigações legais da Petrobras” e que não irá interferir na decisão. No entanto, críticas de diversos parlamentares exigem que o Presidente faça algo para conter os aumentos.

Bolsonaro disse em pronunciamento que o governo e o Congresso Nacional já se articulam para criar medidas de compensação e evitar que a alta chegue até as bombas. Esse projeto de lei complementar, na prática, fará o Governo dividir a conta do combustível e arcar com 30% dos custos.

Nesta segunda (14/03) se encerra o prazo dado pela Justiça para que o Governo e a Petrobras expliquem em juízo o motivo dos aumentos. A ação civil pública foi assinada, também, pelo Conselho Nacional do Transporte de Cargas (CNTRC), Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos e de Jundiaí e pela Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, que reúne 235 deputados e 22 senadores.

As entidades pedem a suspensão imediata do aumento de 18,8% na gasolina, de 24,9% no litro do diesel e de 16,1% de aumento no gás de cozinha vendidos às distribuidoras.

Impactos na economia e nos transportes

Em uma economia que precisa do consumo para crescer – ainda mais em um cenário já prejudicado pela Pandemia da Covid-19 – a alta caiu como uma bomba. As ações da Petrobras tiveram alta, mas os investimentos – que já estavam em queda por causa da Guerra – caíram ainda mais.

Isso porque o preço do combustível afeta toda a cadeia produtiva nacional, além da distribuição de produtos da indústria e grãos, que é feita, quase que complemente, por meio terrestre.

Motoristas de aplicativo também reclamam da alta, já que isso inviabiliza o serviço. A Uber anunciou que irá aumentar os repasses aos motoristas, mas já se percebe uma crise no atendimento. Muitos motoristas afirmam já não valer a pena trabalhar nesta atividade.

De acordo com a empresa, serão investidos cerca de R$ 100 milhões no Brasil nas próximas semanas em iniciativas voltadas ao aumento nos ganhos e redução dos custos dos motoristas, além de um reajuste temporário de 6,5% no preço das viagens.

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Fonte: Jornal Contábil
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