Quem ainda tinha uma ponta de esperança sobre o retorno do horário de verão pode esquecer. Essa semana, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, confirmou a notícia de que o horário de verão não voltará nos próximos anos. E foi mais além. Voltou a dizer que a medida não se faz necessária, mesmo com o país passando pela pior crise hídrica em 91 anos e descartou a possibilidade de racionamento ou apagão no país.
O horário de verão foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, sob justificativa de que a medida não reduz o consumo de energia elétrica em horários de pico. A proposta teve apoio de empresários, que recuaram após o início da crise energética.
No início de setembro, muitos empresários ligados ao setor de turismo e alimentação enviaram um pedido ao presidente da república, Jair Bolsonaro, pedindo o retorno do horário de verão que foi extinto em 2019. A carta teve a assinatura de 15 entidades ligadas aos setores citados. Contudo, foi em vão.
O ministro rebateu as afirmações sobre economia de energia com horário de verão e disse que a matriz energética do Brasil é suficiente. Em entrevista à imprensa, ele declarou:
“Do ponto de vista energético, não há a necessidade da volta do horário de verão. Nós já fizemos uma análise: do ponto de vista energético, não se faria necessário. E foi tomada a decisão pelo presidente Bolsonaro de não decretar o horário de verão. Agora em 2021, entre 2020 e 2021, sempre analisamos essa questão. Então, o horário de verão não ocorrerá, como não vem ocorrendo desde 2019”, disse o Ministro.
Especialistas, no entanto, rebatem as declarações de Albuquerque e dizem que o país pode sofrer apagões no começo de 2022. As hidrelétricas não estão suportando a falta de chuva e tem reduzido suas produções. O Ministério de Minas e Energia sugeriu o racionamento voluntário e lançou programas de descontos na conta de energia para empresas e clientes reduzirem o consumo de luz.
Para que serve o horário de verão?
O horário de verão serve para minimizar a sobrecarga de consumo durante alguns horários de pico diários. As horas de maior consumo de energia do dia (final da tarde) ocorrem quando as pessoas chegam em suas casas e ligam o chuveiro elétrico, a TV e outros equipamentos eletrônicos, aumentando a demanda de energia.
Assim, durante o horário de verão, o maior aproveitamento da luz natural faz com que as lâmpadas de casas, indústrias, espaços comerciais, ruas e espaços públicos sejam ligadas mais tarde, quando o pico de consumo já diminuiu. Dessa forma, evita-se uma sobrecarga do sistema de distribuição de energia.
Durante o horário de verão, adiantamos em uma hora nossos relógios. Geralmente ocorre no terceiro domingo de outubro e finda no terceiro domingo de fevereiro.
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Fonte: Jornal Contábil
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