Novembro Azul: Prevenção salva vidas!

Estar sempre atento ao funcionamento do próprio corpo e procurar ajuda médica assim que algo fugir do normal, fez com que Manoel Estelito Santana, de 68 anos, descobrisse o câncer de próstata em sua fase inicial e pudesse comemorar, este mês, pouco mais de dois anos livre da doença. “Comecei a urinar picado e isso acendeu um alerta de que algo podia estar errado comigo. Agendei uma consulta e os resultados dos primeiros exames já acusaram a presença do câncer”, conta.

Manoel passou por uma prostatectomia, que é a retirada da próstata, e não precisou de nenhum tratamento complementar, como radio ou quimioterapia. A decisão pela cirurgia foi tomada em uma conversa aberta e objetiva entre médico e paciente. “Quando você recebe o diagnóstico de câncer a sensação é de que o chão abriu sob seus pés, você fica impactado e pensa sempre no pior. O médico que me acompanhou foi fundamental para a mudança desse pensamento. Ele foi excelente, conversou comigo de igual para igual, explicou tudo, o motivo de optar pela retirada da prostata de uma vez e isso me deu um alívio muito grande para seguir e enfrentar a doença de frente”, explica.

Atualmente, Manoel faz apenas controle de 6 em 6 meses com a realização de exames de rotina de sangue e urina. Segundo ele, após a cirurgia não sente mais nada, não toma nenhum remédio e vive uma vida normal. Para os homens que ainda convivem com o preconceito que ronda a prevenção ao câncer de próstata, ele deixa um recado: “Vá ao médico, não tenha medo. Essa ida ao médico é que vai salvar a sua vida”, conclui.

Assim como Manoel, o motorista aposentado, Lucas Simeão de Oliveira, de 76 anos, sempre esteve atento aos sinais do próprio corpo e, por isso, foi possível detectar a doença em fase inicial em um exame de rotina. “Há mais ou menos 9 anos, fiz uma raspagem na próstata e desde então sempre acompanhei. Em 2020, com 74 anos, fui diagnosticado com câncer e foi exatamente essa atenção com a minha saúde que proporcionou que eu estivesse aqui contando a minha história”, comenta.

O tratamento definido para Lucas foi a radioterapia, que tem o objetivo de reduzir o tumor, sem a necessidade da retirada da próstata. “Sempre encarei o tratamento de forma muito positiva, mesmo sendo todos os dias da semana. Realizei 37 sessões de radioterapia e 6 injeções (imunoterapia). O tratamento durou 6 meses e não houve nenhuma complicação nesse período. Continuo fazendo acompanhamento de 6 em 6 meses e o volume da próstata está normal e os exames de PSA continuam ótimos, graças a Deus”, explica.

Para Lucas, nós somos responsáveis por cuidar da nossa saúde, contando sempre com o auxílio dos médicos e a doença serviu para reforçar aquela máxima que diz assim: a prevenção salva vidas. Para os homens em geral e, em especial, para os que estão na batalha contra a doença, fica uma mensagem especial: “Não precisa ter vergonha ou medo de fazer o exame de próstata. Todos nós estamos sujeitos a ter problemas de saúde, mas o importante é ter atenção na prevenção, exames e medicamentos. Conversar com filhos, médicos, para entender certinho o tratamento. Ter fé em Deus. O tratamento pode ser algumas vezes ruim, cansativo, mas quando termina e temos nossa saúde restabelecida, é bom demais”.

Manoel e Lucas realizaram o tratamento com a equipe do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica. Alexandre de Figueiredo Maciel é oncologista clínico do Centro de Oncologia e Infusões, pertencente ao grupo, e reforça a importância da prevenção primária e do acompanhamento constante para que se tenha mais histórias de superação do câncer de próstata como as deles.

“O ideal é que o paciente não espere ter sintomas para procurar o médico, mas que ele faça a prevenção para a busca dos primeiros sintomas, primeiro sinal do câncer antes dele se tornar evidente, quando as chances de sucesso dos tratamentos são maiores, assim como aconteceu com o Manoel e o Lucas”, explica.

Mas caso o paciente já tenha a suspeita ou até mesmo o diagnóstico de câncer, Alexandre explica que a abordagem deve ser iniciada com a realização de exames de sangue, de imagem e biópsia para a confirmação e definição do melhor tratamento para cada caso. “A conversa entre paciente e médico também é fundamental para se vencer a batalha contra o câncer de próstata. É preciso que estejam na mesma página, que todas as dúvidas sejam esclarecidas. O especialista é quem vai apresentar as opções de tratamentos viáveis, com base nos resultados dos exames, para que possam decidir juntos qual o melhor caminho a ser seguido”.

Como o câncer de próstata, na maioria das vezes, é uma doença de evolução lenta, nem sempre ele precisa ser tratado imediatamente. Por meio do acompanhamento, após o diagnóstico, com a realização de exames e avaliações médicas, pode-se esperar o melhor momento para dar início ao tratamento, em que o paciente esteja confortável para realizá-lo. “Para evitar os efeitos colaterais, como impotência sexual, incontinência urinária, que em geral incomodam mais o paciente do que o próprio diagnóstico, esse monitoramento também é uma opção viável para o enfrentamento da doença”, conclui.

Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, resultante da fusão entre Hapvida e a NotreDame Intermédica, em 2022, formou-se o maior grupo de saúde e odontologia do Brasil.

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Fonte: Jornal Contábil
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