A cena se repete diariamente no mercado de trabalho quando o empregador abre vagas e os candidatos que se apresentam têm mais de 40 anos. O preconceito, infelizmente, ocorre e a preferência acaba pesando para as pessoas mais jovens. Muitos discriminam as pessoas de mais idade, como se elas fossem incapazes ou inferiores. Essa atitude tem um nome e chama-se etarismo.
O etarismo pode ser detectado quando uma pessoa se sente desfavorecida, humilhada ou minimizada pela idade. No ambiente de trabalho, a maior taxa de ageismo acontece com pessoas acima de 40 anos. De sete em cada dez profissionais de mais de 40 anos afirmaram já ter sofrido preconceito durante processos seletivos por conta da idade.
Corte de colaboradores acima de 40 anos
O desligamento de colaboradores que completam 40 anos ou mais é um fato que entristece e também é preocupante. Um dos pretextos usados para esse tipo de demissão é a renovação do time interno.
Uma vez que, no conceito de muitas empresas, a inovação, tecnologia e novas ideias vem somente das mentes dos mais jovens. Isso representa um engano. Na prática, as instituições que demitem os profissionais mais experientes estão jogando fora algo valioso: o conhecimento adquirido acumulado por anos de prática.
Preconceito nas empresas
Apesar das empresas estarem passando a investir em diversidade e inclusão com maior frequência, muitas ainda deixam de olhar dessa forma. Este erro diminui oportunidades de crescimento para pessoas mais velhas, e deixa fora do mercado a parcela da população que, segundo pesquisas do IBGE, será maioria da população do país em 2060.
Procurar uma oportunidade de emprego ou tentar uma nova carreira após os 40 anos pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre os anos de experiência se tornam vantagem em um processo de seleção.
Apesar de ser um crime a discriminação na hora de oferecer oportunidades de trabalho, algumas empresas realizam este tipo de conduta. Alguns processos seletivos sequer dão oportunidade para pessoas mais velhas participarem, colocando uma idade limite como critério nos anúncios de emprego.
Fique sabendo que os recrutadores não podem fazer exigências relacionadas a sexo, cor, estado civil, idade, entre outras, na hora de divulgar uma oportunidade. Está escrito na Constituição Federal.
No entanto, mesmo com a proibição, situações como essas ainda acontecem e entrar no mercado de trabalho pode não ser tão fácil para profissionais mais velhos. De acordo com uma pesquisa publicada, 70% dos profissionais entrevistados, com mais de 40 anos, dizem ter sido discriminados por causa da idade.
Fique ciente que consta no Estatuto do Idoso, em seu capítulo 6, está garantido está o exercício de atividade profissional, respeitando as condições físicas, psíquicas e intelectuais. Além disso, é proibida a discriminação e a fixação de limite máximo de idade nas empresas — salvo por exigência do cargo.
Combatendo o preconceito
O respeito por essas regras nas empresas ajuda a combater o preconceito por idade tanto agora como no futuro. isso porque a população mundial está envelhecendo. No Brasil, de acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2040, 56% da força de trabalho será composta por pessoas com mais de 45 anos.
Diante desse cenário é preciso rever esses conceitos de contratação e demissão. Com o envelhecimento da população, o número de profissionais maduros no mercado de trabalho aumentará. Será preciso mudar e se adaptar à diversidade de idade.
O diálogo entre os profissionais maduros e os profissionais recentes é o que gera diferencial para a empresa. É um exercício de compreensão e de escuta mútua, que auxilia os colaboradores a olharem para diferentes visões de mundo sem julgamento. Afinal, é o fator humano que nos torna diferentes.
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Fonte: Jornal Contábil
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