Cuidar do setor financeiro de um negócio não é simples, principalmente quando se fala de demonstrações contábeis. A área é repleta de processos, documentos e ferramentas que garantem que a análise da saúde financeira da companhia será realizada corretamente.

Quando falamos de empresas que contam com sócios ou acionistas, a lei exige que seja realizada anualmente as demonstrações contábeis. Essa obrigação consta em diversas legislações:

  • Legislação do Imposto sobre a Renda no Decreto nº3000/1999 (RIR/1999);
  • Legislação societária Lei nº6.404/1976;
  • Normas do Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC nº1.185/2009 (NBC TG 26), alterada pela Resolução nº1.376/2011;
  • Deliberação CVM nº676/2011.

Não basta apenas cumprir e entregar a lista de documentos que constam das demonstrações contábeis, a legislação societária também determina um complemento. 

Os responsáveis devem acrescentar Notas Explicativas e quadros analíticos para o entendimento do conteúdo.

Mas afinal, o que são as demonstrações contábeis?

As demonstrações contábeis são um conjunto de documentos financeiros que a empresa societária deve fornecer a todo público de interesse, ou seja, acionistas ou sócios. Basicamente, esses materiais devem conter o cenário atual da companhia, fluxo de caixa, entre outras informações financeiras.

A lista desses documentos obrigatórios é bastante extensa e exige do setor responsável bastante organização e transparência em seu trabalho. As demonstrações contábeis são compostas por:

  • Balanço Patrimonial;
  • Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
  • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
  • Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA);
  • Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
  • Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
  • Notas Explicativas.

A lei permite que a empresa que entregar o DMPL está isenta de apresentar o DLPA. Isso porque as informações contidas no último fazem parte da demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Abaixo listamos e demos mais detalhes sobre o que contém em cada documento obrigatório das demonstrações contábeis.

Balanço Patrimonial

Esse documento mostra o cenário atual financeiro da companhia. Trata-se de um panorama visual que apresenta todo o patrimônio que a empresa possui, sejam bens ou dinheiro em caixa, por exemplo. Ou seja, é um item essencial das demonstrações contábeis. 

É no Balanço Patrimonial também que estará contido as informações sobre quais são os direitos e obrigações da empresa, como valor a pagar para fornecedores e a receber dos clientes.

Essa ferramenta não permite, por exemplo, verificar a evolução ou problemas financeiros da empresa, já que não mostra as ações rotineiras, mas sim um cenário estático.

O que é e como fazer uma demonstração contábil?

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A análise de DRE já é um balanço financeiro mais completo, além de ser uma ferramenta simples de ser compreendida nas demonstrações contábeis. 

Nele constam todas as movimentações financeiras do fluxo de caixa, como Receita Total, Impostos, Despesas operacionais e com custos de bens e serviços.

Por meio de dois tipos de análise, vertical ou horizontal, é possível comparar o desempenho por períodos ou ainda avaliar qual porcentagem das despesas representam no faturamento.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

O DMPL demonstra quais foram as mudanças no patrimônio líquido da empresa, ou seja, o quanto a empresa ganhou ou perdeu de bens durante o período escolhido. 

Por meio desse documento de demonstrações contábeis é possível saber se a empresa enriqueceu ou não entre uma avaliação e outra.

Apresentá-la não é uma determinação da lei, mas empresas de capital aberto são obrigadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Caso você decida apresentar esse documento, estará isento de fazer a DLPA, que falaremos melhor no próximo item.

Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)

Caso não queira ou não precise fazer o DMPL, a DLPA é um documento mais simples de ser feito e, normalmente, as empresas optam por fazer essa demonstração no final do ano. É  que mostra no que o lucro líquido da empresa está sendo utilizado.

Por exemplo, uma empresa pode utilizar o seu lucro líquido, que é apontado no DRE, para diversas funções, entre elas: aumento de capital, pagamento de dívida e ainda reserva de lucro.

Essa demonstração auxiliará o gestor a tomar decisões estratégicas de como utilizar o dinheiro da empresa como realizar novos investimentos, trocar equipamentos ou aumentar a equipe.

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Basicamente, é o documento que vai registrar toda a movimentação do caixa da empresa, ou seja, todo o dinheiro que entra ou sai. Nenhum setor financeiro de uma companhia deve atuar sem criar essa demonstração desde o primeiro dia de funcionamento do negócio.

É com o DFC que é possível verificar diariamente quais são os movimentos financeiros diários e qual o saldo do caixa, facilitando a detecção de problemas para buscar resolvê-los.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

É o documento que compila todo o valor monetário conquistado pela empresa durante o período das demonstrações contábeis. É a ferramenta que vai incluir como foram conquistados os lucros da empresa e como foram utilizados naquele exercício específico.

O principal objetivo é mostrar aos acionistas, sócios e outros públicos interessados como a empresa está crescendo monetariamente.

Notas Explicativas

Para facilitar a leitura desse público final das demonstrações contábeis, a legislação societária determina que todos os documentos devem ser acompanhados por notas explicativas. 

Resumindo, explicações sobre os números e dados apresentados em cada ferramenta. Existe na lei as informações básicas das notas explicativas, mas espera-se que a área financeira esclareça ao que os documentos não esclarecem por si só. 

Entre elas as mudanças de patrimônios e mostre ações contábeis que não constam explicitamente nos documentos.

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Fonte: Jornal Contábil
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