O Tribunal Superior Eleitoral aprovou, por unanimidade, o pedido de junção entre os partidos DEM (Democratas) e PSL (Partido Social Liberal) – ex-partido do Presidente Jair Bolsonaro.
Com 81 deputados, o agora criado União Brasil já nasce forte, já que as votações e aprovações de pautas no Congresso dependem do tamanho das bancadas e, como consequência disso, uma parcela maior dos recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral – mais de R$ 800 milhões. Na prática, a verba é importante para financiar campanhas, principalmente, se o novo partido tiver intenção de indicar um candidato próprio à Presidência da República.
O ministro do TSE, Edson Fachin, declarou, apenas, durante seu voto, que “os requisitos foram cumpridos”, o que quer dizer que a fusão foi aprovada nas convenções conjuntas dos partidos e que seu programa e estatuto estão de acordo com à legislação eleitoral.
O União Brasil reunirá, portanto, os parlamentares do antigo PSL e o DEM – embora haja uma tendência de que os parlamentares que apoiam a nova candidatura de Bolsonaro deixem o União Brasil e se filiem ao PL – novo partido do atual Presidente. As mudanças devem acontecer até abril, prazo oficial para que os deputados declarem a movimentação de legenda.
Saídas já começaram
A estimativa é de que quase 30 parlamentares deixem o União Brasil para seguir o Presidente. O deputado Bibo Nunes, do PSL, foi o primeiro a declarar que deixaria o União Brasil. O deputado Júnior Amaral, também PSL, também afirmou que não seguiria com o novo partido e deve ir para o PL. As críticas foram direcionadas à falta de ideologia do novo partido.
Em contrapartida, o União Brasil já conversa com o MDB para ampliar sua base política e há expectativa, até, de que se reúnam com o pré-candidato Sérgio Moro nos próximos dias. Moro, por hora, é filiado ao Podemos.
Vale lembrar que a fusão pode impactar, ainda, as candidaturas nos Estados e municípios. No entanto, a decisão sobre quem o grupo irá apoiar nacionalmente só poderá ser feita durante a janela partidária, prazo que vai de 3 de março a 1º de abril. União Brasil e MDB não descartam conversar com Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e João Doria (PSDB).
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Fonte: Jornal Contábil
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